Publicado em 23/07/2019 às 17h18.

Anvisa adota risco de morte como único critério para classificar agrotóxicos

Nova regra dispensa irritação de olhos e pele e reclassificará produtos nocivos à saúde em categorias mais baixas

Redação
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

 

Um dias após o Ministério da Agricultura liberar mais 51 tipos de agrotóxicos —já são 262 neste ano—, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira (23) um novo marco legal para avaliação dos riscos à saúde vinculados a agrotóxicos.

A mudança pode fazer com que produtos hoje classificados como “extremamente tóxicos” passem a ser incluídos em categorias mais baixas, como moderadamente tóxicos, pouco tóxicos ou com dano agudo improvável à saúde.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a agência adotará novos critérios e usar apenas estudos de mortalidade para definir a classificação —ou seja, os casos em que uma inalação ou ingestão traz risco de morte ou outros danos graves à saúde.

Atualmente, para determinar o grau de toxicidade de um agrotóxico, o modelo em vigor leva em conta estudos de mortalidade em diferentes tipos de exposição ao produto e o resultado tido como “mais restritivo” em testes de irritação dos olhos e da pele.

Para técnicos da Anvisa, o modelo hoje adotado leva a uma classificação equivocada. “Da forma que saía a nossa classificação, ninguém sabia qual era a toxicidade correta”, afirmou à publicação o gerente-geral de toxicologia, Carlos Gomes.

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