Publicado em 07/07/2020 às 14h38.

Empresas cobram do governo ‘combate inflexível’ a desmatamento na Amazônia

Carta protocolada na Vice-Presidência da República e demonstra preocupação com impacto negativo da política ambiental nos negócios

Redação
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

 

Um grupo formado por 36 empresas e quatro organizações empresariais dos setores industrial, agrícola e de serviços cobraram do governo federal “combate inflexível e abrangente” ao desmatamento ilegal na Amazônia. Uma carta foi protocolada junto à Vice-Presidência da República e ao Conselho Nacional da Amazônia Legal. De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o documento deverá ser apresentado também ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na carta, o grupo demonstra preocupação com o impacto negativo da política ambiental adotada pelo governo Jair Bolsonaro na imagem pública do Brasil no exterior. Essa percepção internacional causa prejuízos no sentido reputacional, como também no desenvolvimento de negócios e projetos para o país.

Além da perspectiva política e econômica, os empresários admitem a necessidade de preservação de biomas naturais para a preservação do planeta e do ser humano. “Nossa sobrevivência está diretamente ligada à preservação e valorização dos seus recursos naturais. Os impactos sociais e econômicos causados em escala global e de forma inédita pela pandemia de Covid-19 nos advertem que a consumação de riscos associados à quebra do equilíbrio ecossistêmico traz consequências devastadoras quando negligenciados”, diz a carta.

O grupo propõe algumas ações para reverter a reação negativa de investidores e consumidores estrangeiros. Entre elas: combate “inflexível e abrangente” ao desmatamento ilegla na Amazônia e outros biomas; inclusão social e econômica de comunidades locais; minimização do impacto ambiental no uso dos recursos naturais; valorização e preservação da biodiversidade; adoção de mecanismos de negociação de créditos de carbono; direcionamento de financiamentos e investimentos para economia circular de baixo carbono; pacotes de incentivos para a recuperação econômica dos efeitos da pandemia de Covid-19, condicionada a uma economia circular e de baixo carbono.

No entendimento dos empresários, o país tem oportunidade, recursos e conhecimento para “dar escala às boas práticas” e planejar um futuro sustentável para o país.

“Precisamos fazer as escolhas certas agora e começar a redirecionar os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono e inclusiva, em que não há controvérsias entre produzir e preservar”, acrescentam os empresários.

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