Publicado em 11/09/2018 às 22h00.

Índice de fome no país caiu em um intervalo de 10 anos, aponta ONU

O levantamento também avaliou aumento em outros índices: percentual de mulheres obesas passou de 19,9% para 22,3%; já anemia passou de 25,3% para 27,2%

Redação
Foto: Reprodução/EFE
Foto: Reprodução/EFE

 

Um levantamento feito por cinco agências das Nacões Unidas divulgada nesta terça-feira (11) aponta que a fome no Brasil caiu em um intervalo de dez anos. O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018 mapeou o quadro de segurança alimentar no país e no restante do mundo.

Os autores do estudo compararam o grau de subnutrição (ou fome, no jargão popular) da população em dois momentos: no biênio 2004-2006 e no biênio 2015-2017. No caso do Brasil, o índice caiu de 4,6% para menos de 2,5% no período de análise. Os dados não mostram uma evolução anual.

A pesquisa também trabalhou com outros indicadores, como grau de insegurança alimentar grave e problemas no desenvolvimento em crianças de até cinco anos de idade. Contudo, nesses dois temas o relatório não traz resultados para o Brasil, indicando que não havia dados disponíveis.

O levantamento também avaliou indicadores de obesidade e anemia em mulheres em idade fértil (15-49 anos), porém em outro período de análise – em 2012 e em 2016. Em ambos os quesitos houve aumento nos índices. O percentual de mulheres obesas passou de 19,9% para 22,3%. Já a ocorrência de anemia passou de 25,3% para 27,2%.

Em uma leitura mais ampliada, os dados sobre subnutrição revelam que o índice no Brasil ficou abaixo da média registrada na América Latina (4,9%), no biênio 2015-2017. Outros países tiveram reduções expressivas no período de 2004-2006 a 2015-2017, como o Peru (de 19,8% para 8,8%) e Equador (de 17% para 7,8%). De um modo geral, a fome aumentou no continente impulsionada pelos índices da Venezuela.

Em 2014, o Brasil saiu do mapa da fome, quando o índice de segurança alimentar fica abaixo dos 5%.

 

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