Publicado em 17/06/2022 às 12h27.

PF diz não haver indício de mandante por trás da morte de Dom e Bruno

‘As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos’, diz nota da Polícia Federal

Redação
Foto: Funai/reprodução Instagram
Foto: Funai/reprodução Instagram

 

Por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (17), a Polícia Federal (PF) informou que não há indícios da existência de um mandante do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no Amazonas.

“As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”, informou a PF, citando os dois suspeitos presos: o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime, e seu irmão, Oseney da Costa Oliveira, o “Dos Santos”, que nega a participação nas mortes.

Apesar de descartar a existência de mandantes, a Polícia Federal, que já havia levantado a hipótese da participação de outras três pessoas no assassinato, afirmou que “com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer”.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), por sua vez, informou que “não concorda com o desfecho da Polícia Federal que afirma não haver mandante para o crime que culminou na morte de Dom e Bruno”. Segundo a entidade, “a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021″. “Tais documentos apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes à Terra Indígena Vale do Javari”, diz a Univaja.

Nesta quinta-feira (16), chegou a Brasília um avião com os restos mortais do jornalista e do indigenista. O material foi encaminhado para o Instituto de Criminalística da Polícia Federal, onde será realizada perícia para confirmar a identidade das vítimas. O resultado está previsto para a próxima semana.

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