Publicado em 20/12/2021 às 10h09.

‘A pressa é inimiga da perfeição’, diz Queiroga sobre liberação de vacina para crianças

Ministro da Saúde quer ‘análise detida de todos os aspectos’ para iniciar imunização de crianças de 5 a 11 anos

Jamile Amine
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a aplicação do imunizante da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou de apontar uma previsão para o início da vacinação para este público.

“A pressa é inimiga da perfeição. O principal é a segurança. No ano de 2021, considerando o pico, onde houve 4 mil óbitos, crianças de 5 a 11 anos, tiveram menos de 150 óbitos. Não que eu esteja menosprezando, cada vida é importante”, disse Queiroga a jornalistas na saída do Ministério, nesta segunda-feira (20).

“Tem a aprovação da agência e a aprovação da autoridade sanitária do país. É necessário que se faça uma análise detida de todos os aspectos”, pontuou o ministro, que diz ter solicitado da Anvisa acesso “ao inteiro teor de todo o procedimento administrativo” para a aprovação do imunizante para a faixa etária.

“Só a partir dessa análise completa é que nós colocaremos em consulta pública esse assunto pra que a sociedade tome conhecimento e registre a sua opinião. Não é uma eleição pra saber quem quer ou que não quer. É ouvir a sociedade. Depois essas contribuições são analisadas pela área técnica, se faz uma audiência pública onde se discutirá aprofundadamente esse assunto. E após, o Ministério da Saúde fará as suas considerações ou recomendações”, disse Queiroga.

Segundo o titular da Saúde, o governo federal só vai se posicionar a este respeito após o dia 5 de janeiro, mas ele não deu uma estimativa de quando a vacinação seria liberada. “Não é um comunicado público que vai fazer o Ministério da Saúde se posicionar de uma maneira ou de outra, eu preciso de toda a análise”, disse ele, em referência a um documento enviado pela Anvisa a autoridades do governo.

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