Publicado em 18/05/2020 às 13h43.

ACM Neto cogita interditar orla e diz que pode decretar lockdown se for demanda do Estado

Segundo o prefeito de Salvador, se medidas restritivas setoriais não resolverem, resta apenas determinar bloqueio total e confinar as pessoas em suas casas

Rayllanna Lima
Foto: Max Haack/Prefeitura de Salvador
Foto: Max Haack/Prefeitura de Salvador

 

A Prefeitura de Salvador tem adotado medidas restritivas setoriais no combate ao novo coronavírus (Covid-19), fechando o comércio em determinados bairros e aplicando uma série de ações que incluem testes rápidos e distribuição de máscaras e cestas básicas.

Segundo bairro com maior número de infectados pela doença, perdendo apenas para a Pituba, Plataforma foi uma das primeiras regiões a entrar na lista da gestão municipal para receber o pacote de restrições mais severas. Contudo, muitas pessoas ainda desrespeitam as regras.

O próximo passo, segundo o prefeito, seria adotar o chamado lockdown (bloqueio total), que é a medida mais rigorosa a ser adotada sobre o distanciamento social. A ação consiste em restringir a circulação da população nas ruas, liberando saídas apenas para realização de atividades consideradas como essenciais, como ir a hospitais, farmácias e supermercados.

“Mais rigorosa do que essa [restrição setorial] só o lockdown. Tem que ser fruto de uma iniciativa que passa pelo governo estadual, que tem poder de polícia para tornar essa medida efetiva. É a última etapa do que é possível fazer. É impossível a gente ter êxito se as pessoas não ajudam”, disse, respondendo a questionamento feito pelo bahia.ba videoconferência realizada nesta segunda-feira (18).

ACM Neto sinalizou que Salvador ainda não chegou ao nível de necessitar de lockdown, mas revelou que pode ocorrer futuramente, se assim desejar o governador Rui Costa (PT). “Se me chamasse para analisar, eu não teria dificuldade nenhuma de avançar para essa compreensão. Mas esse ainda não é o momento”, explicou, acrescentando que pode determinar o fechamento da orla, após ver pessoas realizando caminhadas sem a utilização de máscaras.

“A gente não interditou a orla toda. Quer fazer seu exercício, faça, mas vá de máscara. Não posso dar voz de prisão, o que posso é fechar a orla. É o pior caminho, mas se não tiver jeito terá de ser feito”, declarou.

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