Publicado em 10/11/2020 às 06h07.

Anvisa informa que suspendeu estudos da Coronavac após morte

Diretor do Butantan afirma ter estranhado a interrupção porque morte de voluntário ocorreu em outubro e não teria relação com o estudo

Redação
Foto: divulgação/Governo de São Paulo
Foto: divulgação/Governo de São Paulo

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota, que suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, uma das que estão em estudo contra o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

Apesar de não ter informado na nota, divulgada na noite de segunda-feira (9), o motivo da interrupção teria sido a morte de um voluntário de 33 anos, morador de São Paulo, ocorrida no dia 29 de outubro.

As autoridades de saúde do estado receberam nesta segunda (9) a informação de que o óbito não está relacionado com a vacina, embora não haja dados públicos, como por exemplo se o voluntário havia recebido uma dose do imunizante ou um placebo.

A Coronavac é desenvolvida pela chinesa Sinovac e será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo. À TV Cultura, o diretor do instituto, Dimas Covas, disse que o caso nada tinha a ver com a Coronavac e que, por isso, se surpreendeu com a decisão da agência.

“A Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso.” Covas afirmou que, entre os milhares de participantes do estudo, podem ocorrer mortes por causas não relacionadas à vacina, como acidentes de trânsito.

De acordo com a agência, agora serão analisado os dados observados até o momento e julgar sobre o risco/benefício da continuidade do estudo. Esse tipo de interrupção nos estudos, segundo a Anvisa, é parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas para estudos desenvolvidos no Brasil.

“Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado. A Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes”, acrescentou a agência, em nota. Com informações da Folha de S.Paulo e da Agência Brasil.

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