Publicado em 18/05/2020 às 12h54.

Apesar de comemorar sucesso das restrições, ACM Neto espera colapso na Saúde dia 1º de junho

Prefeito de Salvador disse ainda que pode pensar em retomar atividades comerciais se a taxa de contágio, atualmente em 6,3%, cair para 5%

Rayllanna Lima
Foto: Max Haack/Secom
Foto: Max Haack/Secom

 

Apesar de comemorar o sucesso das medidas restritivas que postergaram a projeção de colapso no sistema de Saúde de Salvador, que antes indicava 14 de maio, o prefeito ACM Neto (DEM) afirmou nesta segunda-feira (18) que o saturamento dos leitos pode ocorrer a partir do dia 1º de junho.

Em coletiva à imprensa, por meio de videoconferência, o prefeito atualizou os dados e apresentou um panorama de como está a capital baiana no enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). Segundo ele, as restrições mais severas aplicadas em Plataforma, Pituba, Boca do Rio e Centro ajudaram a diminuir a velocidade de contágio da doença.

ACM Neto sinalizou, contudo, que ainda existe um “nível de altíssima preocupação, e, portanto, infelizmente não se pode baixar a hipótese de colapso no sistema de saúde”. “Ontem [domingo, 17] fechamos com a taxa de ocupação de 70% dos leitos clínicos e 83% de UTI. Isso significa que a cada dia nos aproximamos de um colapso no sistema de saúde. Pode não acontecer se os novos leitos previstos de fato forem entregues e a gente continue conseguindo segurar a taxa de transmissão”, disse.

“A projeção é de 34 óbitos por dia a partir de 1º de junho. Há 15 dias, a projeção era muito mais grave, de algo em torno de 73 óbitos por dia, na primeira semana de junho. Conseguimos reduzir essa projeção”.

Ainda de acordo com ACM Neto, 82% dos leitos particulares disponíveis para tratar pacientes diagnosticados com Covid-19 estão ocupados, o que indica que “o risco do colapso não é somente na rede pública”. Há inclusive registros de pacientes da rede privada sendo atendidos pela rede pública em Salvador.

O prefeito fez ainda um alerta sobre a taxa de contágio do vírus, que atualmente é de 6,3%. “Já foi de 10,39%. Vem caindo gradativamente, chega agora a 6,3%, no entanto ainda é muito alta. Só vamos passar a ter fôlego maior quando essa taxa de transmissão for menor de 5%. Como reduz ainda mais? As pessoas compreendendo e acatando as medidas de isolamento social. Não há outro caminho. Precisa derrubar essa taxa para menos de cinco para começar a afrouxar o isolamento e retomar as atividades”.

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