Publicado em 13/04/2020 às 07h03.

Aras arquiva denúncias e pedidos de providência contra Bolsonaro

Decisão tem gerado acusações de possível omissão dentro da própria PGR

Redação
Foto: Isac Nobrega/PR
Foto: Isac Nobrega/PR

 

Procurador-geral da República, Augusto Aras decidiu arquivar denúncias e não adotar medidas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante das orientações à população que contrariam as recomendações de entidades nacionais e mundiais de saúde.

De acordo com informações a Folha de S.Paulo, o chefe do MPF (Ministério Público Federal) arquivou pedidos de providências contra o mandatário, o que tem gerado acusações de possível omissão dentro da própria PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em outra frente, Aras tem focado em iniciativas para direcionar recursos obtidos em ações judiciais e acordos com investigados ao combate à doença.

Segundo o procurador, não é papel do órgão entrar em disputas político-partidárias e que a prioridade agora são as gestões para levantar cerca de R$ 2,5 bilhões para a Saúde.

A pedido dele, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou que fosse destinado à pasta R$ 1,6 bilhão proveniente de um acordo da Petrobras com autoridades americanas, o chamado fundo da Lava Jato.

Segundo o ministério, desse montante, R$ 1 bilhão já foi incluído em seu orçamento. Outros R$ 800 milhões terão de ser pagos pelo empresário Eike Batista, que fechou colaboração com a PGR, sendo R$ 116 milhões agora e o restante ao longo de quatro anos.

Entre outras verbas, também se busca carrear para o ministério os R$ 51 milhões apreendidos num bunker em Salvador atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), o que depende de autorização judicial.

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