Publicado em 14/05/2020 às 13h56.

Bolsonaro convoca empresários para ‘guerra’ contra governadores

Em reunião com empresários nesta quinta (14), presidente afirmou que o setor precisa "jogar pesado" contra os chefes dos estados

Redação
Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Marcos Corrêa/PR

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, conclamou um grupo de empresários a irem à “guerra” contra os governadores para que haja reabertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus. O Brasil já possui 192.260 casos da Covid-19 e 13.280 pessoas mortas por causa da doença, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o chefe do Executivo se reuniu com empresários nesta quinta-feira (14) e afirmou que o setor precisa “jogar pesado” contra os representantes de cada unidade da federação.

“Nós temos que mostrar a cara, botar a cara para apanhar. Porque nós devemos mostrar a consequência lá na frente. Lá na frente, eu tenho falado com o ministro Fernando [Azevedo], da Defesa… os problemas vão começar a acontecer. De caos, saque a supermercados, desobediência civil. Não adianta querer convocar as Forças Armadas porque não existe gente para tanta GLO”, teria dito Bolsonaro, em referência à Garantia da Lei e da Ordem.

No começo da semana, Bolsonaro publicou decreto que inclui salões de beleza, barbearias e academias na lista de atividades essenciais durante a pandemia. Governadores de diferentes estados sinalizaram que manteriam as restrições de funcionamento nesses setores, já que o distanciamento social segue como única medida eficaz para conter a disseminação do novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, no entanto, Bolsonaro tem minimizado o impacto da doença e estimulado o retorno de uma normalidade econômica.

“É o Brasil que está em jogo. Se continuar o empobrecimento da população, daqui a pouco seremos iguais na miséria. E a miséria é o terreno fértil para aparecer aqueles falsos profetas, aquelas pessoas que podem levantar borduna e partir [para] fazer com que o Brasil se torne um regime semelhante à Venezuela. Não podemos admitir isso”, acrescentou Bolsonaro, de acordo com a Folha.

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