Publicado em 05/05/2020 às 14h55.

Centenas de pessoas dormem nas filas da Caixa em Salvador para sacar auxílio emergencial

Em nota, banco garante atender a todos dentro do horário de funcionamento, das 8h às 14h

Arivaldo Silva
Foto: Arivaldo Silva / bahia.ba
Foto: Arivaldo Silva / bahia.ba

 

Centenas de pessoas passaram a madrugada de ontem para esta terça-feira (5), na imensa fila que se formava no entorno da agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Engenheiro Raymundo Carlos Nery, bairro de Cajazeiras X, em Salvador. A reportagem do bahia.ba passou pelo local e flagrou situações de aglomeração de pessoas em busca do auxílio emergencial do Governo Federal. Os mais obstinados enfrentaram sono, cansaço, sol, chuva e falta de banheiro para garantir os R$ 600.

Esse é o caso do mecânico desempregado Marivaldo da Natividade, 50 anos, que chegou à agência por volta das 20h de segunda-feira (4). “Estou aprovado para receber o auxílio, mas essa situação de passar a noite aqui exposto a todo tipo de risco é uma vergonha”, afirmou o homem, que não tinha expectativa de quando seria atendido. Já o trabalhador informal Adilson da Silva, 52 anos, disse que esperou de 23h30 até 9h da manhã desta terça-feira para pegar uma senha de atendimento. “Isso é um absurdo. Sobrecarrega a Caixa Econômica e maltrata as pessoas que ficam aqui sem comer, sem beber e debaixo de chuva”, lamenta.

Promessa de agilizar atendimento x fila quilométrica

A Caixa divulgou nota informando que todas as pessoas que chegarem às agências durante o horário de funcionamento, das 8h às 14h, serão atendidas. Não é preciso madrugar nas filas, evitando, assim, períodos excessivos de espera e aglomerações. Segundo o banco, todos os que chegam até as 14h, horário de fechamento das agências, são informados de que o atendimento será realizado na mesma data.

A Caixa afirma ainda que intensificou o atendimento às pessoas que estão nas filas, de forma a dar celeridade com prestação de informações e geração de códigos (tokens) para a realização de saques, conforme o calendário de pagamento e a necessidade de se manter o distanciamento.

Contudo, em Cajazeiras, apenas um funcionário do banco orientava as primeiras pessoas da fila que acumulava mais de 300 pessoas. Equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil reforçavam a segurança no local.

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