Datafolha: 69% dos brasileiros preveem perda de renda na crise
Em março, índice era de 57%; preocupação é maior entre os mais pobres, aponta pesquisa

Pesquisa feita pelo Datafolha aponta que 69% dos brasileiros preveem que seus rendimentos diminuirão nos próximos meses, e somente 30% acham que isso não acontecerá.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que divulgou os números nesta quarta-feira (8), o alto índice reflete um aumento no pessimismo da população diante da crise causada pelo coronavírus.
Os números foram levantados na última semana de março, quando 57% das pessoas temiam a perda de renda e 43% achavam que não corriam esse risco.
A preocupação é maior entre os mais pobres, mas parece ter alcançado rapidamente grupos que se sentiam mais protegidos no início da crise, aumentando de forma significativa entre os mais ricos, à medida que as consequências econômicas da epidemia começam a se tornar evidentes.
Entre os mais vulneráveis economicamente, com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.090), os que têm expectativa de redução da renda eram 61% e agora são 73%. Entre os mais ricos, com renda superior a dez salários mínimos (R$ 10.450), os que preveem ganhos menores eram 49% e agora são 67%.
De cada dez entrevistados, quatro disseram que teriam o suficiente para se sustentar por no máximo um mês se perdessem agora seus rendimentos. Segundo o Datafolha, 6% disseram que já não estão conseguindo se sustentar e 11% afirmaram que teriam dinheiro suficiente para menos de 15 dias.
O Congresso aprovou na semana passada a criação de um auxílio emergencial de R$ 600 mensais, destinado a trabalhadores de baixa renda no setor informal da economia. O governo promete efetuar os primeiros pagamentos até esta quinta-feira (9). A lei prevê que o benefício será pago por três meses.
Medida provisória publicada na quarta-feira passada criou um programa para compensar parcialmente perdas dos trabalhadores do setor formal, que terão direito a pagamentos do governo se tiverem a jornada e os salários reduzidos na crise, ou o contrato de trabalho suspenso temporariamente.
Os resultados da pesquisa do Datafolha sugerem que o anúncio das medidas não foi capaz de conter a insegurança das pessoas diante do avanço da Covid-19. Segundo o instituto, 56% acham que a epidemia prejudicará a economia por muito tempo. No fim de março, 50% pensavam assim.
Mais ricos preocupados
De acordo com o levantamento, o pessimismo aumentou particularmente entre os mais ricos. Na última semana de março, 55% dos entrevistados com renda familiar superior a dez salários mínimos previam uma crise prolongada. Na semana passada, o bloco pessimista aumentou para 71% nesse estrato da distribuição de renda.
Também aumentou nos últimos dias o número de brasileiros que preveem perdas financeiras pessoais por muito tempo. Eram 28% os que pensavam assim na última semana de março. Agora, eles são 37%. A preocupação aumentou com a mesma intensidade entre os mais pobres e os mais ricos.
Na maioria dos estados, medidas tomadas pelas autoridades para conter o avanço do coronavírus levaram ao fechamento de escolas e estabelecimentos comerciais e impuseram o isolamento a grande parte da população, deixando mais claros para as pessoas os efeitos da paralisia da atividade econômica.
Na última semana de março, quando a implementação das medidas mais drásticas estava começando, 46% dos entrevistados pelo Datafolha disseram que poderiam continuar trabalhando em casa durante a quarentena. Na semana passada, somente 33% previam que conseguiriam continuar trabalhando.
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