Publicado em 27/05/2020 às 09h00.

Datafolha: 60% dos brasileiros apoiam lockdown; maior aprovação é no Nordeste

Pesquisa mostra que adesão ao isolamento social, por outro lado, vem caindo

Redação
Rio de Janeiro iniciou na quinta-feira 'lockdown parcial' (Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil)
Rio de Janeiro adota ‘lockdown parcial’ (Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil)

 

A maioria dos brasileiros são favoráveis ao “lockdown”, o confinamento radical para combater a transmissão do coronavírus, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (27). O levantamento, por outro lado, mostra que essa mesma parcela da população tem saído mais de casa em cidades que estão em quarentena devido à pandemia.

A pesquisa foi feita na segunda (25) e na terça (26), quando foram ouvidos 2.069 adultos por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Para 60% dos entrevistados, a medida é recomendável. Já 36% são contrários, 2% não souberam responder e 1%, se dizem indiferentes.

O “lockdown” foi aplicado sem sucesso prático em lugares como Belém, e vem sendo alvo de discussão em São Paulo. Ele vinha sendo defendido pelo prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), mas é por ora rechaçado pelo governador João Doria (PSDB).

Os mais ricos, que ganham acima de 10 salários mínimos, são também os mais refratários à ideia: 50% são contra, empatados com 47% a favor.

O apoio à ideia é maior no Nordeste, região que tem demonstrado maior oposição ao longo da crise às políticas encarnadas pelo presidente Jair Bolsonaro, de maior preocupação com a economia e rejeição ao isolamento social.

Lá, 69% são a favor do “lockdown”. Com 54% de apoio, a região Sul, reduto bolsonarista, é a menos favorável.

O Datafolha mostra que, apesar de apoiar o “lockdown” e manter o apoio à prioridade de permanecer em casa ante a necessidade de ir trabalhar em prol da economia, o brasileiro vem cada vez menos aderindo ao isolamento social.

Dizem que se cuidam, mas estão saindo de casa, 35%. Nas três pesquisas anteriores, em 1º a 3 de abril, 17 de abril e 27 de abril, os índices eram respectivamente de 24%, 26% e 27%.

 

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.