Publicado em 10/04/2020 às 11h20.

Em meio à pandemia, China muda orientação e cogita fim do consumo de carne de cachorro

Governo do país asiático emitiu um documento em que recomenda excluir os animais caninos da lista de alimentação

Redação
Foto: Governo da China/ Fotos Públicas
Foto: Governo da China/Fotos Públicas

O governo chinês deu indícios de que deve proibir o consumo de cachorros muito em breve. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Agricultura da China emitiu um documento que relaciona os animais indicados ao consumo humano e fez questão de reforçar a recomendação para tirá-los da lista de alimentação.

A preocupação vem na esteira das medidas adotadas para conter a disseminação da Covid-19, que está controlada no momento. Desde janeiro, está proibida a venda de animais silvestres. Além disso, mesmo com o comércio já reabrindo em Wuhan, epicentro da epidemia na China, o abate e a venda de animais vivos seguem proibidos nos mercados da cidade.

Num país onde as estimativas são de que sejam abatidos entre 10 e 20 milhões de cachorros todo ano, a medida foi recebida como um sinal importante. O governo chinês ainda explicou o porquê da mudança no documento e citou a evolução da sociedade chinesa.

“Com o progresso da civilização humana e a preocupação pública e atenção pela proteção aos animais, cachorros passaram de animais domésticos tradicionais para animais de companhia”, diz o texto, sedundo o portal UOL. “Os cães geralmente não são considerados comida no mundo todo, e a China também não deve administrá-los como faz com animais destinados à pecuária”.

Dentre as hipóteses para o início do surto do coronavírus na China, a possibilidade de que ele tenha se originado no abate e consumo de animais silvestres em mercados como os de Wuhan é uma das mais cotadas. Cientistas acreditam que o vírus que causa a covid-19 possa ter se originado em morcegos.

Ainda de acordo com o UOL, o documento que cita a recomendação para o não consumo de cachorros ainda ficará em consulta pública até 8 de maio. Depois disso, caso aprovado, ele pode virar lei em todo o território chinês.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.