Publicado em 19/05/2020 às 15h25.

Em nota, defesa de Adailton Maturino contesta parecer do Ministério Público Federal

Advogado do réu, diagnósticado com Covid-19, emitiu nota externando indignação com a decisão do MPF de não transferi-lo para um hospital

Arivaldo Silva
Foto: Divulgação
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Após parecer emitido pelo Ministério Público Federal (MPF) negando o pedido de transferência para um hospital privado, do empresário Adailton Maturino, preso na Operação Faroeste da Polícia Federal, a defesa do réu emitiu nota pública nesta terça-feira (19) externando indignação com o teor da decisão do órgão acusador.

Contaminado com o novo coronavírus, Maturino, que apresenta hipertensão arterial, o que o coloca em grupo de risco iminente de morte.Na última quinta-feira (14), ele foi levado com um pico de pressão, mas logo retornou para uma área de isolamento no Complexo Penitenciário da Papuda, prisão de segurança máxima, em Brasília.

“Diferente do que surpreendentemente fora alegado, há dois relatórios médicos autônomos que recomendam a imediata internação hospitalar de Maturino. O MPF infelizmente desconsidera que a equipe médica do sistema prisional – nas pessoas da Dra. Ângela Lapa da Fonseca Barreto e do Dr. Guilherme de Oliveira Silva – e o profissional particular que acompanhou o atendimento – Dr. André Sales Braga – atestaram que o quadro de saúde de Adailton é grave, demanda cuidados especiais diários e monitoramento hospitalar”, diz a nota.

O empresário é acusado de ser um dos idealizadores do esquema de compra e venda de sentenças em disputa de terras no oeste baiano, operação intitulada de Faroeste. O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes recebeu na segunda-feira o entendimento do MPF.

Antes dos exames confirmarem a infecção, a defesa de Maturino já havia pedido a revogação da prisão preventiva. O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou. “Entramos com várias petições pedindo, inclusive por razões humanitárias, a mudança da prisão preventiva para cautelar. A razão dos pedidos era a situação dele em grupo de risco da Covid-19”, disse o advogado, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

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