Publicado em 11/04/2020 às 12h30.

Estudo aponta risco de contaminação em determinados exercícios ao ar livre

A distância recomendada, dependendo da modalidade, pode chegar a 20 metros

Redação
Imagem: Universidade de Tecnologia de Eindhoven
Imagem: Universidade de Tecnologia de Eindhoven

 

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Bélgica e da Holanda traz uma nova recomendação sobre a prática de exercícios físicos ao ar livre durante a pandemia do novo coronavírus. Os cientistas analisaram simulações feitas em computador dos movimentos de caminhada, corrida e pedalada. A conclusão a que chegaram é que as gotículas de saliva emitidas pelas pessoas durante a prática dos exercícios ficam no ar e a acompanham enquanto elas se movimentam.

O estudo ainda não foi publicado em revista científica, mas as universidades Católica de Leuven, na Bélgica, e de Tecnologia de Endhoven, na Holanda, já divulgaram os resultados por considerá-los urgentes. Os pesquisadores não analisaram o novo coronavírus, mas a forma como as gotículas de saliva viajam pelo ar, a aerodinâmica.

Os resultados indicam risco potencial em determinadas modalidades e distâncias. Por exemplo, na caminhada, há risco quando a distância é inferior a 4 ou 5 metros da pessoa à frente. Já na corrida, o risco maior é quando a distância é menor que 10 metros. Na pedalada, por sua vez, o risco é maior quando a distância é menor que 20 metros.

O professor Bert Blocken, líder do estudo, explicou ao G1 que quando respiramos ou exalamos o ar, ou ainda conversamos parados a uma distância de 1,5 metro, as gotículas não são capazes de alcançar o outro. No entanto, a situação muda quando há movimento.

“Quando você está pedalando ou andando na minha frente, e respira e se move, as gotículas se movem para trás de você, no que chamamos de ‘corrente de ar’. E, como as gotículas são muito leves, precisam de algum tempo para chegar no chão. Mas, se estou correndo muito perto atrás de você, eu vou respirar e inalar a sua nuvem de gotículas”, explicou.

Uma forma de evitar contato com as gotículas das pessoas que caminham à frente é manter uma linha diagonal em relação a elas. O uso de máscaras também é eficiente, desde que estejam bem ajustadas ao seu rosto.

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