Publicado em 23/02/2021 às 15h37.

Mais de 90% dos internados em UTIs do RN usaram Ivermectina, mas não apresentaram melhora

De acordo com infectologista do comitê científico do Rio Grande do Norte, Marise Freitas, o remédio não possui efeito no tratamento do coronavírus

Redação
Foto: Reprodução/HeungSoon /Pixabay
Foto: Reprodução/HeungSoon/Pixabay

 

Com o novo aumento no número de casos ativos de coronavírus no Brasil, alguns políticos retomaram a discussão sobre a distribuição da Ivermectina para o tratamento da Covid-19. O remédio não possui eficácia comprovada contra a doença.

De acordo com a infectologista do comitê científico do Rio Grande do Norte, Marise Freitas, mais de 90% dos internados em UTIs do estado potiguar tomaram o remédio e não apresentaram nenhuma melhora no seu quadro de saúde. A médica criticou os políticos que defendem o uso do medicamento para tratar a Covid-19.

“Essa defesa nesse momento é um acinte. É um acinte ao conhecimento médico, ao conhecimento científico. É inaceitável”, declarou em entrevista à Inter TV, afiliada da Rede Globo no estado.

A própria farmacêutica Merck, responsável pela fabricação da Ivermectina, já informou que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do remédio contra o coronavírus. O medicamento é produzido para agir no organismo humano como um vermífugo.

“Não adianta a população, as pessoas, se esconderem por trás de um comprimido de Ivermectina, achando que ele vai te proteger. Não vai. A literatura já é clara em relação a isso. Não há evidências de que esse medicamento protege contra a Covid-19. Então, o apelo que nós fazemos é: não tome remédio e saia por aí achando que você não vai adoecer”.

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