Metade dos brasileiros poderá ter de receber auxílio emergencial, diz estudo

No cenário mais extremo, seriam 112 milhões de pessoas, a custo de R$ 218 bilhões

Redação

O número de pessoas beneficiadas com o auxílio emergencial poderá chegar a 112 milhões, mais da metade da população brasileira, caso a crise decorrente do novo coronavírus gere mais perda de renda.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a projeção foi feita pela IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado, que realizou uma série de simulações com base nos dados das estatais Caixa e Dataprev até 1º de maio.

De acordo com o levantamento, mantido o número de pessoas já beneficiadas (50 milhões de brasileiros ) com o primeiro pagamento, a despesa em três meses ficaria em R$ 96,5 bilhões.

Na avaliação do analista da IFI Alessandro Casalecchi, responsável pelo estudo, o cenário mais provável é aquele que considera a inclusão de mais 17 milhões a esse número, totalizando 38% da população e uma despesa de R$ 154,4 bilhões, cerca de cinco anos de gastos do Bolsa Família.

Nesse caso, o governo terá de arranjar mais R$ 30 bilhões.

Em um contexto mais extremo, seriam pagos R$ 218 bilhões a 112 milhões de brasileiros, 53% da população.