Publicado em 22/04/2020 às 08h47.

Ministério da Saúde só entrega 2,5 milhões de testes de 46,2 milhões prometidos

Técnicos da pasta apontam dificuldades logísticas para distribuição do material

Redação
Nelson Teich, ministro da Saúde recém-empossado (Foto: Júlio Nascimento/PR)
Nelson Teich, ministro da Saúde recém-empossado (Foto: Júlio Nascimento/PR)

 

Reportagem do jornal o Estado de São Paulo revela que, mesmo atrasado para entrega de de 23,9 milhões testes prometidos no enfrentamento ao novo coronavírus, o Ministério da Saúde quase dobrou a meta e quer distribuir 46,2 milhões de exames durante a crise.

Até agora, porém, a pasta só enviou aos estados 2 milhões de unidades, recomendadas para aplicação em profissionais de saúde, e 524,3 mil testes do tipo RT-PCR –mais caro, rápido e preciso.

Segundo a publicação, a ideia de dobrar a meta de testes foi anunciada na segunda-feira (20), pelo novo ministro da Saúde, Nelson Teich. Ele afirmou que a medida é um pilar do projeto “que já está sendo feito” de revisão do distanciamento social. O fim das quarentenas é uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Opor-se a ideia foi um dos motivos para a demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).

“Teste em massa não significa testar a população toda. A gente vai usar teste de forma que pessoas examinadas vão refletir a população brasileira”, disse Teich em vídeo enviado pela equipe de comunicação do ministério. O ministério também ampliou a capacidade de análise de testes. Em contrato com o Grupo Dasa, a pasta espera processar 30 mil exames por dia. A Coreia do Sul realiza de 10 a 15 mil testes diários.

Outro ponto que dificulta a entrega é o atraso da Fiocruz na produção. Em boletim epidemiológico divulgado no fim de semana, o ministério afirmou que recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para testagem em massa, sem alerta para os países se equiparem, fez sumir o produto do mercado.

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