Publicado em 20/01/2021 às 23h20.

Ministro nega que ‘questão política’ seja motivo para atraso de entrega de vacinas

Ernesto Araújo não deu prazo para chegada dos insumos e imunizantes

Redação
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou nesta quarta-feira (20) que o motivo do atraso da entrega de insumos e de vacinas contra a Covid-19 vindos da China e Índia tenha sido por problemas políticos e diplomáticos. Mesmo assim, Araújo afirmou que não há estimativa de quando esse material chegará.

“Nós não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China. […] Nem nós do Itamaraty, aqui de Brasília nem a nossa embaixada em Pequim nem outras áreas do governo identificaram problemas de natureza política, diplomática. Não verificamos nenhum percalço neste sentido. Nossa análise, coincidente com o mencionado pelas pessoas que me precederam aqui, é de que realmente há uma demanda muito grande por esses insumos, evidentemente, neste momento no mundo”, afirmou Araújo.

De acordo com o portal G1, nos últimos dias, o Brasil tem enfrentado dificuldades para liberar uma carga de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzida pelo governo da Índia em parceria com o instituto indiano Serum, além de laboratórios brasileiros, como no caso do Instituto Butantan, responsável pela vacina CoronaVac, que aguarda que a China libere a exportação de dois tipos de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido em solo chinês. O IFA é a matéria-prima para que as vacinas sejam processadas e produzidas no Brasil.

Ainda segundo o G1, Ernesto, no entanto, afirmou ainda não ter uma estimativa de quando o Brasil irá receber os insumos da China nem as vacinas compradas da Índia. O ministro disse apenas que a questão “está bem encaminhada” e que trabalha para que o prazo “seja o mais breve possível”.

“Em relação ao prazo para entrega das vacinas que estamos importando da Índia, eu não posso mencionar agora um prazo, mas queria reiterar que está bem encaminhado e que estou conduzindo pessoalmente as conversações com as autoridades da Índia. É um tema evidentemente sensível para as autoridades indianas já que eles também estão em processo de vacinação. É um país imenso e também um país em desenvolvimento como nós, mas a questão está bem encaminhada tendo presente, claro, a necessidade do nosso calendário de vacinação. Não é possível falar prazo nesse momento. Estamos trabalhando para que seja o mais breve possível”, afirmou.

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