Publicado em 01/06/2020 às 12h29.

Paripe, Fazenda Grande, Cabula e Tancredo Neves serão próximos bairros com medidas mais severas

Suspensão de todas as atividades não essenciais dessas regiões começará a partir de quarta-feira (3), com validade de inicial de sete dias

Redação
Hospital do Subúrbio (Foto: Elói Corrêa/ GOVBA)
Hospital do Subúrbio (Foto: Elói Corrêa/GOVBA)

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), anunciou que, a partir de quarta-feira (3), Paripe, Fazenda Grande do Retiro, Cabula e Beiru/Tancredo Neves serão os próximos quatro bairros da capital a serem alvos de medidas mais restritivas a fim de conter o avanço do novo coronavírus. Com validade inicial de sete dias, as ações incluem a realização de testes rápidos para a detecção da doença e distribuição de cestas básicas à população local.

O anúncio foi feito pela na manhã desta segunda (1º), em uma entrevista coletiva por videoconferência.

Segundo o prefeito, em Paripe, há atualmente 71 pessoas contaminadas pela Covid-19, das quais 64 foram infectadas apenas em maio e 33 nos últimos sete dias. No subúrbio ferroviário, já houve 12 vítimas de coronavírus já foram sepultadas em cemitérios municipais.

Fazenda Grande do Retiro, por sua vez, soma 123 casos: 112 em maio e 63 nos últimos sete dias, com o total de sete enterros em cemitérios geridos pela prefeitura.

No Cabula, já são 113 o número de casos registrados. Desse total, 98 apenas em maio e 48 em sete dias, com um sepultamento em cemitério municipal. Já em Beiru/Tancredo Neves, há 98 pessoas infectadas, entre elas 89 em maio e 47 nos últimos sete dias. Dois moradores do bairro foram enterrados em cemitérios municipais.

Na entrevista, ACM Neto também informou que Plataforma, Liberdade, Massaranduba e Uruguai deixam a lista de bairros que recentemente receberam medidas restritivas.

Fechamento de via 

“No caso de Paripe, além do fechamento do comércio e das ações de proteção a vida, teremos interdição viária no pequeno trecho entre duas rotatórias da Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), ligando as ruas Tamandaré e Mourão de Sá. Isso para ampliar o isolamento social”, disse ACM Neto. Nesse trecho citado pelo prefeito, apenas moradores terão acesso.

“Essas medidas que estamos adotando nos bairros com maior número de casos e onde detectamos o relaxamento do isolamento social têm surtido efeito. Por isso, vamos continuar com elas como forma de deter o avanço da pandemia e aliviar a pressão sobre o nosso sistema de saúde”, acrescentou o prefeito.

Açougues liberados 

Nessas localidades com medidas regionalizadas, fica suspensa a realização de qualquer atividade econômica, formal e informal. A exceção são os supermercados, padarias, delicatessens, farmácias e estabelecimentos que utilizam o sistema de delivery (sem retirada no local), além dos açougues, conforme anunciado hoje pelo prefeito. Antes, os açougues podiam atuar em toda a cidade, mas estavam impedidos de abrir nos bairros com medidas setorizadas. Agora, entram na lista dos ramos essenciais.

Já as ações de proteção à vida envolvem distribuição de máscaras, realização de testes rápidos para detecção do coronavírus, medição de temperatura, doação de cestas básicas para feirantes e ambulantes, higienização de ruas, ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e Cras Itinerante. Vale frisar que as medidas regionalizadas e ações de proteção à vida estão em vigor em Cosme de Farias, Pernambués, Lobato e Periperi.

Evolução da doença 

Durante a coletiva, ACM Neto apresentou dados sobre a evolução do novo coronavírus na cidade. O número de casos confirmados até o dia 31 de maio foi de 11.632, abaixo das projeções, que apontavam para 13.108. Somente em maio, foram 10.058 casos, sendo 3.833 nos últimos sete dias. Os maiores índices de crescimento foram detectados nos bairros de Brotas, Pernambués, Pituba, Fazenda Grande do Retiro e Liberdade.

O número de óbitos por conta da doença em Salvador, até o dia 31 de maio, foi de 412, o correspondente a 63% do total de vítimas fatais da Covid-19 em toda a Bahia. A taxa de letalidade da doença em Salvador segue bem abaixo da nacional: 3,6% contra 5,7%.

A ocupação dos leitos clínicos está em 74%, enquanto a das UTIs chega a 72%. “Assim como o governo do Estado, continuamos ampliando a nossa rede para dar suporte a pacientes com a Covid-19, e, com isso, não tivemos um colapso no sistema de saúde. Mas, se não diminuirmos a taxa de contaminação, hoje em 5,5%, vai chegar ao ponto em que alcançaremos o limite.  Por isso, é fundamental que a gente continue lutando e perseguindo a redução de casos graves para diminuir a demanda hospitalar. É de extrema importância que as medidas restritivas e os protocolos da Prefeitura sejam seguidos e apoiados por todos”, afirmou ACM Neto.

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