Publicado em 14/04/2020 às 14h09.

Percentual de endividados sobe para 66,6% após início da pandemia

Presidente da CNC considera fundamental a adoção de prazoa mais longos e meios mais eficazes para reduzir

Redação
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

 

O percentual de famílias endividadas atingiu 66,6% em abril, segudo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). A sondagem é realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e considera débitos com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

A coleta de dados ocorreu entre 20 de março e 5 de abril, após o início da pandemia do novo coronavírus e das medidas de distanciamento social adotada para coibir o avanço da Covid-19.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a renovação da alta do endividamento neste mês se baseou na ampliação do crédito ao consumidor. “A crise com a Covid-19 impõe ao governo a adoção de medidas de estímulo ao crédito, na tentativa de manter algum poder de compra dos consumidores. A queda expressiva dos juros e da inflação reduz, respectivamente, o custo do crédito e a pressão sobre a renda, incentivando o endividamento”.

A taxa de inadimplência deste mês é a maior desde o início da pesquisa, em 2010. Para José Roberto Tadros, no cenário atual é fundamental a adoção de prazos mais longos para os pagamentos ou alongamentos das dívidas, além da busca por iniciativas mais eficazes para reduzir o risco de crédito. “Assim, os consumidores poderão quitar suas contas em dia sem maiores dificuldades, afastando a piora nos indicadores de inadimplência, nos meses à frente.”

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