Publicado em 07/05/2020 às 06h18.

Perda total ou parcial da renda mensal já atingiu quase metade dos brasileiros

CNI aponta ainda que 77% de pessoas que estão no mercado de trabalho têm medo de perder o emprego

Redação
Foto: Fernanda Cruz/Agência Brasil
Foto: Fernanda Cruz/Agência Brasil

 

Mais da metade da população já apresenta perda total ou parcial da renda mensal. De acordo com a Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), desde o início da pandemia do novo coronavírus, houve perda do poder de compra para quatro em cada dez brasileiros.

Foram pouco mais de 2 mil entrevistados. Desse total, 23% perderam totalmente a renda e 17% tiveram redução no ganho mensal, atingindo o percentual de 40%. Quase metade dos trabalhadores (48%) dizem ter medo grande de perder o emprego.

Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77% de pessoas que estão no mercado de trabalho e têm medo de perder o emprego. De modo geral, nove em cada dez entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira.

A pesquisa mostra também que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzir, durante o período de isolamento social, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Ou seja, de cada quatro brasileiros, três reduziram seus gastos.

Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior ao período da pandemia. Questionada sobre como pretende se comportar no futuro, a maioria dos brasileiros planeja manter no período pós-pandemia o nível de consumo adotado durante o isolamento, sendo que os percentuais variam de 50% a 72% dos entrevistados, dependendo do produto. Essa tendência, segundo a CNI, pode indicar que as pessoas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras que tinham antes.

Apenas 1% dos entrevistados respondeu que vai aumentar o consumo de todos os 15 itens testados pela pesquisa após o fim do isolamento social. Para 46%, a pretensão é aumentar o consumo de até cinco produtos; 8% vão aumentar o consumo de seis a dez produtos; e 2% de 11 a 14 produtos. Para 44% dos entrevistados, não haverá aumento no consumo de nenhum dos itens.

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