Publicado em 22/02/2021 às 15h55.

Pfizer rejeita condições de Bolsonaro para vender vacina contra o coronavírus ao Brasil

Farmacêutica revela que apenas o Brasil, a Venezuela e a Argentina não aceitaram as cláusulas de seu contrato na América Latina

Redação
Foto: Reprodução/Pfizer do Brasil
Foto: Reprodução/Pfizer do Brasil

 

A Pfizer afirmou a senadores brasileiros que não irá aceitar as exigências que foram feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para poder vender a sua vacina ao Brasil. Na reunião realizada nesta segunda-feira (22), estavam presentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O impasse entre a farmacêutica e o Ministério da Saúde gira em torno das cláusulas dos contratos para a comercialização do imunizantes. Enquanto a Pfizer quer que o governo brasileiro se responsabilize por eventuais ações judiciais decorrentes de efeitos colaterais da vacina, o governo federal quer que a farmacêutica seja a responsável.

Além disso, a Pfizer quer que qualquer litígio entre as partes seja resolvido em uma Câmara Arbitral de Nova York e que o governo renuncie à soberania de seus ativos no exterior como garantia de pagamento, bem como possua um fundo garantido com valores depositados em uma conta no exterior.

Ainda segundo a Pfizer, as cláusulas não são exclusivas da empresa, mas seguem um padrão internacional. Na América Latina, apenas o Brasil, a Venezuela e a Argentina não aceitaram as regras.

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo.

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