Publicado em 21/04/2020 às 21h00.

Prefeito de Manaus chora e critica Bolsonaro: ‘Tem que ser presidente de verdade’

Arthur Virgílio afirma que a capital do Amazonas vive estado de calamidade

Redação
Foto: George-Gianni/ PSDB
Foto: George-Gianni/ PSDB

 

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chegou a chorar, nesta terça-feira (21), ao afirmar que a capital do Amazonas vive estado de calamidade pública. Só no município, são 1.664 casos – o número é maior do que o total registrado em todo o estado da Bahia, por exemplo -, além de 156 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus.

O Amazonas tem 90% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) já preenchidos. Com semblante abatido, ele criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por ter participado de ato pró-ditadura.

“Não podia deixar de condenar o presidente participar de um comício, aglomerando, e ainda por cima tecendo loas a essa coisa absurda que foi o AI-5. Cassou meu pai, Mário Covas, pessoas acima de quaisquer suspeitas, e que serviam o país. Tomara que ele assuma as funções de verdadeiro presidente da República. Uma delas é respeitar os coveiros”.

O prefeito de Manaus lembrou das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto às medidas de isolamento social. “É de extremo mau gosto o presidente participar de um comício, insistentemente contrariando a OMS e os esforços que fazem governadores e prefeitos. Bolsonaro toca diariamente nas minhas feridas.”

Virgílio se reuniu, ontem, com o vice-presidente, Hamilton Mourão, para apresentar as demandas da cidade na pandemia.

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