Publicado em 02/04/2020 às 09h54.

Prefeitura vai interditar bancos que não adotarem medidas de prevenção em agências

Segundo ACM Neto, decreto começa a valer na sexta (3); governador Rui Costa também criticou a falta de estratégias em bancos para evitar aglomerações

Matheus Morais / Rayllanna Lima
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), declarou nesta quinta-feira (2) que a Prefeitura vai passar a interditar e suspender o funcionamento de agências bancárias que não estiverem atuando para conter aglomerações de pessoas nas unidades, uma medida de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19).

“Baixamos o decreto obrigando os banco a disciplinarem as filas do lado de fora de cada uma das agências. Os bancos que não cumprirem esse decreto serão interditados e terão as suas atividades suspensas pela Prefeitura”, declarou durante a entrega da UBS (Unidade Básica de Saúde) de Itapuã, uma parceria com o governo do Estado.

O chefe do Executivo municipal justificou a medida contra os bancos devido ao crescimento no número de pessoas que correm para as agências bancárias entre o final e início de cada mês, quando começam a ser realizados os pagamentos de salários e benefícios.

De acordo com ele, a medida começa a valer a partir de sexta (3), quando as unidades deveram ter uma equipe para fazer a sinalização horizontal do espaço, ou seja, delimitar onde cada pessoa deve aguardar na fila do banco, respeitando os dois metros de distância indicados para entidades de saúde.

“Onde nós temos percebido maior aglomeração é exatamente nos bancos. Existe, é claro, uma explicação por essa demanda grande no fim do mês de março e início do mês de abril: época de pagamento. As pessoas que recebem o seu dinheiro acabam indo em maior intensidade aos bancos. Na Prefeitura, nós antecipamos o pagamento dos aposentados exatamente para evitar que eles se misturassem nessa fila. No entanto, o pagamento da grande maioria dos trabalhadores brasileiros acontece entre o dia 29 do fim do mês e o dia 5 do mês seguinte”, explicou.

Durante o comunicado, o prefeito estava ao lado do governador da Bahia, Rui Costa (PT), que também criticou a falta de atuação dos banqueiros. Rui disse que é preciso que as instituições financeiras do país se movimentem para ajudar a população a conter a proliferação da Covid-19.

“É importante rias contratem pessoas, disciplinadores de filas, que usem máscaras, mas que garantam o afastamento das filas. Façam um processo de educação para a população. Não podemos chegar ao extremo de ter que fechar agência bancária. O ideal é que cada agência, cada banco, contrate uma ou duas pessoas para disciplinar. Garantir a distância de dois metros de uma pessoa para outra, tanto dentro do banco quanto na porta do banco”, disse.

” Seria compensação social e a contribuição de bancos para ajudar na organização do serviço. Não é possível que cruzem os braços e não ajudem nesse momento. Poderiam eles fabricar inclusive máscaras de tecidos, até com a marca do próprio banco para fazer publicidade para eles, mas distribuir em longa escala para a população. Evidente, a máscara tem que ser lavada com água e sabão. Nós achamos que isso pode dar resultado”, aconselhou o governador, destacando que o uso da máscara é apenas mais uma medida para reduzir o contágio, não anulando o uso contínuo de álcool em gel, lavagem das mãos, entre outras recomendações de higiene.

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