Publicado em 29/04/2020 às 06h36.

Procurador abre investigação contra Ministério da Saúde sobre uso da cloroquina

Cientistas da Fiocruz que pesquisam uso do medicamento também viraram alvo

Redação
Foto: Ilustrativa/Freepik
Foto: Ilustrativa/Freepik

 

Um inquérito civil para investigar a conduta do Ministério da Saúde sobre o uso da hidroxicloroquina em pacientes com o novo coronavírus (Covid-19) foi instaurado pelo procurador Alexandre Schneider, de Bento Gonçalves.

A investigação foi aberta quando Luiz Henrique Mandetta ainda era ministro —ele resistia à adoção generalizada do medicamento no país, como queria o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Schneider escreveu em sua justificativa que há “inúmeras evidências empíricas” acerca da “eficácia” do medicamento.

Mas a questão é polêmica. O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, por exemplo, contraindicou o uso da droga para tratar infectados.

O procurador também decidiu abrir inquérito, com o apoio de mais dois colegas, para investigar cientistas da Fiocruz que pesquisam o medicamento.

Eles viram alvo de Schneider depois que passaram a ser atacados nas redes sociais, inclusive do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que os acusou de fazerem o estudo apenas para desqualificar a cloroquina.

O parlamentar chegou a dizer que poucos pacientes morreram ao ser tratado com cloroquina, mas número foi muito maior, independente da quantidade da dose. Pesquisadores também avaliam os efeitos colaterais do medicamento.

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