Publicado em 09/04/2020 às 19h40.

‘Remédio não é de direita ou de esquerda’, diz Rui sobre cloroquina

De acordo com o governador, ainda não há, entre cientistas, unanimidade quanto ao uso do medicamento

Redação
Foto: Paula Fróes/ GOVBA
Foto: Paula Fróes/ GOVBA

 

O uso da cloroquina no tratamento dos infectados pelo novo coronavírus, segundo o governador Rui Costa (PT), ainda não é unânime entre médicos e cientistas ao redor do mundo. O gestor baiano disse que se nega a dar opinião. “Estudei Economia, não sou médico”, afirmou, em live realizada na noite desta quinta-feira (9).

Para Rui, a discussão acerca da prescrição da cloroquina deve se limitar ao âmbito médico. “O uso do remédio virou questão ideológica, política. Mas remédio não é de direita, nem de esquerda. Quando bem recomendado, serve para salvar vidas. Condeno a postura de qualquer mistura política e ideológica com a Medicina”.

O medicamento se tornou uma das principais pautas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) – que já declarou recomendação e até iniciou campanha nas redes sociais oficiais do governo federal em favor da utilização no tratamento dos pacientes em tratamento da Covid-19.

“O Brasil só aparece como notícia negativa no exterior. Nós, do Consórcio Nordeste, montamos um conselho científico formado por médicos, especialistas e eles participam de reuniões em grupos de discussões internacionais de todo o mundo. Para afinar e refinar protocolos. Internacionalmente, ainda não há um consenso”, reforça Rui.

utilização da cloroquina foi liberada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A pasta deu o aval à associação das substâncias hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes infectados que estejam internados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Hospitais da Bahia
O governador também reafirmou que equipes de médicos e enfermeiros chegam nesta sexta-feira (9) ao Hospital Espanhol, localizado na Barra, para que pacientes possam dar entrada já a partir da próxima segunda-feira (13). “Saem as equipes de obras, os engenheiros e operários e entra a equipe médica”, comenta ele, em refência aos reparos que precisaram ser feitos na unidade – que passou cinco anos fechada.

De acordo com o gestor, também estão sendo concluídos os ajustes na Arena Fonte Nova e no Hospital Couto Maia – que será 100% Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para infectados. “Estamos ampliando a UTI do Couto Maia e do Ernesto Simões. No Hospital do Subúrbio, estamos usando tendas para ampliar o numero de leitos”.

Rui também descreveu a situação no extremo-sul do estado, onde há a preparação do Hospital de Itamarajú. “Falei com o prefeito de lá. Há capacidade de 100 a 130 leitos e a ideia é transformar aquele hospital em 100% coronavírus, para atender também Teixeira de Freitas. A intenção é termos unidades exclusivas para não misturar pacientes”.

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