Publicado em 02/12/2020 às 12h53.

São três as opções de vacina para o Brasil, diz Pazuello em audiência no Congresso

Segundo o ministro, poucos laboratórios podem oferecer quantidade suficiente para o país

Redação
General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. Foto: José Dias/PR
General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde.
Foto: José Dias/PR

 

 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que são “uma, duas ou três” as opções de laboratórios que desenvolvem vacinas contra a Covid-19 com quantidade suficiente e um bom cronograma para atender as necessidades do Brasil.

Pazuello também disse que 15 milhões de doses de vacina devem chegar ao país no início de 2021, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

“Em janeiro e fevereiro, já começam a chegar 15 milhões de doses dessa encomenda tecnológica da AstraZeneca e de Oxford com a Fiocruz. E no primeiro semestre chegaremos a cem milhões de doses. No segundo semestre, já com a tecnologia transferida pronta, nós poderemos produzir com a Fiocruz até 160 milhões de doses a mais. Só aí são 260 milhões de doses”, declarou Pazuello.

O ministro participou na manhã desta quarta-feira (2) de audiência pública na comissão mista do Congresso, que acompanha as ações de enfrentamento ao novo coronavírus e a execução orçamentária durante a pandemia.

Ele afirmou que existe muita publicidade relacionada às vacinas, mas que as propostas se mostram insuficientes após escrutínio.

“Ainda sobre vacinas, queria deixar uma coisa clara: ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e o cronograma de entrega efetivo para o nosso país. Quando a gente chega ao final das negociações e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios”, disse. “Números de grande quantidade [de vacinas] realmente se reduzem a uma, duas ou três ideias. A maioria fica com números muito pequenos para o nosso país.”

Ainda de acordo coma  Folha, Pazuello deixou mais cedo a audiência, alegando ter sido convocado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para participar de reunião ligada ao PPI (Programa de Parceria de Investimentos), ligado ao Ministério da Economia.

Nas últimas semanas, representantes do Ministério da Saúde receberam os principais laboratórios que desenvolvem vacinas contra a Covid-19 para reuniões.

Por enquanto, o Brasil mantém acordos garantidos para obter 142 milhões de doses de vacinas no primeiro semestre, sendo 100 milhões fruto da parceria da Fiocruz com o laboratório AstraZeneca e outras 42 milhões previstas no consórcio Covax Facility.

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