Publicado em 22/05/2020 às 16h36.

Shoppings de Salvador entregam protocolos e projetam reabertura

Volta pode acontecer em junho; executivos confirmaram conversas com prioridade garantida à segurança

Adriano Villela
Foto: reproducao google maps

 

Com protocolos de segurança entregues às autoridades, os shoppings de Salvador negociam com a prefeitura a reabertura nas próximas semanas. A intenção inicial era reabrir a partir de 1º de junho, mas o momento exato do retorno vai depender da dinâmica do novo coronavírus. “Eu espero que o retorno seja o mais rápído possível, considerando os protocolos”, afirmou ao bahia.ba o coordenador regional da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), Edson Piaggio.

O executivo assinala que 112 complexos de compras já voltaram a atender no Brasil, distribuídos em 10 estados. “Não houve nenhuma contribuição (dos shoppings) ao contágio”, destacou. O protocolo em Salvador, descreveu Piaggio, segue o modelo nacional da Abrasce, com adaptações exigidas pela legislação municipal. Inclui limitações de público na praça de alimentação, nas lojas e na entrada e o não funcionamento de atividades com maior aglomeração, como os cinemas.

Presidente da Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-BA), Carlos de Souza Andrade confirma as negociações em reuniões semanais com a prefeitura, que contam ainda com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador e a Federação de CDLs da Bahia. Andrade relata que tanto os lojistas de shoppings como o do comércio de rua estão no limite da capacidade financeira, mas os shoppings têm mais estrutura para garantir a volta com segurança.

“Não adianta voltar o shopping sem o cliente. O cliente está com medo, aterrorizado. E o que podemos oferecer agora para atrair o cliente? Segurança”, ponderou o presidente da Fecomércio, em conversa com o bahia.ba. Ele observa que proteções como alcool gel, máscaras e medição de temperatura devem ser largamente ofertados. “Se antes a higienização era feita duas vezes ao dia, agora será de duas em duas horas ou de três em três horas”, conclui.

Carlos Andrade avalia ser possível o retorno em junho, mas somente com o controle sobre o vírus e com o aval das autoridades. O dirigente, que dialoga com 35 sindicatos do varejo da capital e do interior, está preparado para um reaquescimento do comércio gradativo. O ritmo de vendas pré-pandemia não retornará em menos de cinco meses. “Não podemos reabri e ter que fechar de novo após 15 dias”, adverte.

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