Publicado em 22/07/2020 às 13h36.

TCU: Ministério da Saúde gastou menos de 1/3 da verba para pandemia

Auditoria analisou gastos até o fim de junho e aponta atraso na entrega de respiradores

Redação
Foto: Eramos Salomão/ Ministério da Saúde
Foto: Eramos Salomão/ Ministério da Saúde

 

O Ministério da Saúde gastou apenas 29% da verba emergencial prevista para combater o novo coronavírus a partir de março, aponta auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União).

Dos R$ 38,9 bilhões prometidos por meio de uma ação orçamentária específica criada em março, mês em que a OMS (Organização Mundial e Saúde) anunciou a existência de uma pandemia, R$ 11,4 bilhões saíram dos cofres federais até 25 de junho —quando já havia 55 mil mortos e 1,2 milhão de casos de infecção notificados no país.

As informações foram levantadas pelo consórcio formado pelos veículos G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL.

De acordo coma  apuração, os valores foram anunciados por meio de medidas provisórias que abriram créditos extraordinários, com o objetivo de fortalecer o atendimento ambulatorial e hospitalar.

Tanto as despesas feitas diretamente pelo ministério quanto aquelas realizadas por meio de transferência a estados e municípios (fundo a fundo) ficaram muito aquém do prometido.

No primeiro caso, os pagamentos efetivamente feitos estavam em 11,4% do previsto. Os governos estaduais receberam 39% do dinheiro anunciado e os municipais, 36%.

A lentidão na execução de despesas se deu num cenário de descontinuidade administrativa e de conflitos com gestores locais.

 

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