Publicado em 17/06/2021 às 12h27.

Vacina alemã CureVac falha em teste ao apresentar apenas 47% de eficácia

A OMS sugere um piso de 50% de eficácia para que as vacinas contra a Covid-19 sejam adotadas

Redação
Foto: Andreas Gebert/ Reuters
Foto: Andreas Gebert/ Reuters

 

A empresa de biotecnologia alemã CureVac NV informou nessa quarta-feira (16) que sua vacina contra covid-19 foi só 47% eficaz em um teste de estágio avançado, ficando aquém do objetivo principal do estudo e causando dúvidas sobre a possível entrega de centenas de milhões de doses à União Europeia (UE).

Em nota, o laboratório reconheceu que a vacina da CureVac “não atende critérios estatísticos de êxito”. No entanto, ela mostrou bons níveis de segurança. A análise envolveu cerca de 40 mil participantes na América Latina e na Europa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem sugerido um piso de 50% de eficácia para que as vacinas contra a Covid-19 sejam adotadas. É o caso de todos os imunizantes com autorização de uso emergencial no Brasil e aplicados no país atualmente: Coronavac, AstraZeneca e Pfizer/BioNTech.

Segundo os responsáveis pelo estudo, a maioria dos casos de Covid-19 verificados em voluntários que receberam as duas doses da possível vacina (e não um placebo) foram causados por variantes de preocupação do coronavírus SARS-CoV-2.

“Esse ambiente rico em variantes mostra a importância de desenvolver uma nova geração de vacinas, uma vez que novas variações do vírus continuam a surgir”, alerta o executivo-chefe da CureVac, Franz-Werner Haas. Ainda de acordo com comunicado, a CureVac seguirá com as pesquisas em frente junto à farmacêutica GSK em busca de uma vacina de segunda geração, a ser introduzida nos esquemas vacinais contra a Covid no ano que vem.

Vacinas de mRNA

O projeto de vacina da CureVac usava a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), semelhante às produzidas pelos laboratórios Pfizer/BioNTech e Moderna. Vale ressaltar, porém, que esses dois imunizantes demonstraram alta eficácia contra a Covid-19 e têm ajudado a debelar a pandemia em países como Israel, Estados Unidos e Reino Unido.

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