Publicado em 20/07/2020 às 12h45.

Vacina de Oxford é segura e produz resposta imune contra coronavírus, diz estudo

Segundo a revista médica Lancet, imunização não causou efeitos adversos graves; mais pesquisas ainda são necessárias para atestar eficácia

Redação
Foto: Reprodução/Getty
Foto: Reprodução/Getty Images

 

A vacina experimental contra o novo coronavírus feita em parceria pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca é segura e produziu resposta imune no início dos ensaios clínicos em voluntários saudáveis, segundo os dados publicados nesta segunda (20) na revista médica Lancet.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a imunização não causou efeitos adversos graves e provocou respostas imunes de anticorpos e das células T, outras células de defesa do corpo humano.

“Esperamos que isso signifique que o sistema imune se lembrará do vírus e, assim, a vacina proteja as pessoas por um longo período”, disse o principal autor do estudo, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford. “No entanto, precisamos de mais pesquisas antes de confirmar que a vacina é eficaz em proteger contra o coronavírus e por quanto tempo a proteção vai durar.”

Essa vacina é uma das mais avançadas entre as candidatas na corrida pela imunização contra o coronavírus Sars-CoV-2.

A imunização de Oxford usa um vírus para levar material genético do Sars-CoV-2 para dentro das células. Trata-se do adenovírus ChAdOx1, que causa gripe comum em chimpanzés, mas geneticamente modificado e enfraquecido.

As fases 2 e 3 do estudo de Oxford pretendem recrutar mais de 10 mil pessoas só no Reino Unido. Na fase 2, os pesquisadores querem avaliar o efeito protetivo da imunização em diferentes faixas etárias. Já a fase 3 contará somente com pessoas acima de 18 anos.

No Brasil, essa vacina já está sendo testada desde o mês passado em São Paulo e no Rio, por meio de parcerias com o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e com o Instituto D’Or (Idor). Os voluntários são cerca de 2.000 profissionais de saúde na linha de frente no combate à Covid-19.

Uma carga de outra vacina em desenvolvimento, produzida pelo chinês laboratório Sinovac-Biotech, chegou hoje a São Paulo e começará a ser testada a partir desta terça (21).

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.