Publicado em 27/02/2021 às 13h58.

‘Você vai ter infarto e vai morrer em casa’, diz Prates ao mencionar risco de colapso

Secretário de Saúde de Salvador pediu para população não ignorar medidas de prevenção ao coronavírus

Alexandre Santos
Leo Prates, secretário municipal de Saúde (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)
Leo Prates, secretário municipal de Saúde (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)

 

O secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, afirmou neste sábado (27) que a ampliação de leitos de UTI será a última estratégia ao alcance da prefeitura e do governo do Estado para evitar um colapso na rede pública.

Em entrevista ao jornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia, o secretário adotou um tom mais incisivo para explicar à população a gravidade do atual estágio da pandemia de Covid-19, com aceleração de casos e novo pico de mortes.

“O próximo capítulo ninguém quer ver, que é o colapso do sistema de saúde. O que é o colapso, pra falar com clareza para as pessoas? Você vai precisar de atendimento de AVC, e não vai ter. Você vai ter infarto e vai morrer em casa. Então nós precisamos da colaboração das pessoas pra que isso não ocorra”, declarou.

Caso a população ignore as medidas sanitárias de prevenção à doença, a exemplo do decreto de toque de recolher, o esgotamento das vagas será iminente, de acordo com o secretário.

“Eu apelo às pessoas para que mantenham o distanciamento social. É o único capítulo que nós temos de liberdade, essa ampliação dos leitos de UTI e essa manobra que nós estamos fazendo nesse momento”, disse Prates.

Atualmente, mais de 80% das UTIs em todo o estado estão ocupadas e sob risco iminente de saturação.

Nesta manhã, ao menos 64 pacientes aguardavam transferência das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) para hospitais, de acordo com o prefeito Bruno Reis (DEM)..

Nas últimas 24 horas, o município conseguiu regular 71 pacientes, ante 72 doentes na quinta-feira (25).

Ao cenário dramático nas unidades de saúde soma-se o crescimento exponencial no número de óbitos por Covid-19. O boletim epidemiológico mais recente contabiliza 137 mortes notificadas em um intervalo de 24 horas, uma marca recorde desde o início da pandemia

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