Brasil Kirin minimiza perda da exclusividade das festas de Salvador

Ambev desembolsou R$ 30 milhões por ano e ganhou o direito de vender sem concorrência os seus produtos no carnaval da capital baiana

Rodrigo Daniel Silva

brasil-kirin_amilton-andre-prefeitura-de-alagoinhas — Sede da Brasil Kirin em Alagoinhas (Foto: Amilton André/Ascom)

Depois de ser patrocinadora oficial do Carnaval de Salvador por três anos consecutivos, a cervejaria Brasil Kirin – dona da marca Schin – perdeu o espaço para sua principal concorrente, a Ambev, proprietária da marca Skol.

Para garantir a exclusividade na festa momesca pelos próximos três anos, a partir de 2017, a Ambev desembolsou R$ 30 milhões por ano, R$ 5 milhões a mais do que a concorrente.

Para a dona da Schin, a mudança no patrocínio do Carnaval de Salvador é um “movimento natural”. “Em um mercado altamente competitivo, é natural que exista alternância entre as marcas. Um exemplo é justamente o Carnaval de Salvador, que contou com o patrocínio da Brasil Kirin nos últimos três anos”, afirmou ao bahia.ba.

A empresa ressaltou ainda ser a favor da exclusividade no evento. Disse que tem “compromisso com as parcerias público-privadas, com a livre concorrência e com os direitos dos consumidores”.

Em 2014, a Brasil Kirin dividiu o patrocínio do Carnaval de Salvador com a Itaipava. Manteve a parceria no ano seguinte. Em 2016, foi detentora exclusiva da festa e alvo de muitas críticas dos foliões que questionaram a qualidade da cerveja. Sobre a crítica, a empresa não se manifestou.