Publicado em 03/12/2020 às 15h17.

Confira quais setores lideram retomada e onde recuperação é mais lenta

Indústria e comércio se aproximam do cenário pré-Covid-19; serviços apresentam recuperação mais lenta

Redação
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

 

Divulgado nesta quinta-feira (3), o PIB do terceiro trimestre apresenta uma retomada da atividade econômica desigual. Enquanto a agropecuária, embora tenha recuado no período, está no azul em 2020, indústria e comércio lideram a retomada, mas ainda registram retração no ano. Os serviços estão com reação mais lenta, sobretudo as atividades que exigem contato direto ou se baseiam na mobilidade das pessoas, como turismo, lazer e alimentação fora de casa.

Com expansão de 7,7% frente ao período de maio a junho, em valores correntes o PIB do terceiro trimestre de 2020 totalizou R$ 1,891 trilhão, sendo R$ 1,627 trilhão em Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 264,1 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Para o ministério da Economia, os números representam uma retomada em V.

No acumulado janeiro a setembro de 2020 (três trimestres somados), a Agropecuária cresceu 2,4%, enquanto a Indústria (-5,1%) e Comércio/Serviços (-5,3%) registraram queda.Em setembro, segundo o IBGE, os serviços tiveram volume 8% abaixo do rodava em fevereiro.

Algumas atividades de serviço  ainda não funcionam em plena capacidade, em razão de restrições sanitárias e de mudanças no padrão de consumo e de prioridades das famílias. São os casos de hotéis, transporte aéreo, bares e restaurantes, cinemas, educação privada e atividades associadas ao lazer.

O comércio, que também integra o PIB de serviços, tem sido o destaque positivo de recuperação do setor, favorecido pelo auxílio emergencial e pelas vendas pela internet. Dentro do varejo, porém, os ramos não apresentaram o mesmo ritmo de recuperação. A retomada foi puxada por itens de primeira necessidade como alimentos e artigos farmacêuticos e de perfumaria e os setores beneficiados pelos novos hábitos de consumo como vendas de móveis, eletrodomésticos e material de construção.

O setor industrial também reverteu as perdas com a fase mais aguda da pandemia. Em setembro, o nível de produção superou em 0,2% o patamar de fevereiro, antes das paradas nas fábricas e medidas de isolamento para contenção do coronavírus. Entre as atividades, o IBGE destaca o crescimento de 23,7% das Indústrias de transformação. Também houve aumento para Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,5%), Construção (5,6%) e Indústrias extrativas (2,5%).

O agronegócio praticamente não foi influenciado pela pandemia. O bom desempenho do ano tem sido sustentado pela safra recorde, pela alta nos preços das commodities e pelo câmbio favorável para os exportadores. A safra de grãos deve atingir em 252 milhões de toneladas em 2020, patamar recorde e 4,4% acima da colheita de 2019, segundo a última estimativa do IBGE. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima um crescimento de 1,5% do PIB da agropecuária em 2020 e de 1,2% em 2021. Com informações do G1.

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