Contas públicas registram saldo positivo após 8 meses de deficit
Superávit primário chegou a R$ 2,9 bilhões em outubro

Por Pedro Peduzzi
Depois de oito meses seguidos de resultado negativo, as contas públicas fecharam outubro com saldo positivo. O setor público consolidado, formado por União, Estados e municípios, apresentou superávit primário de R$ 2,953 bilhões em outubro, segundo o relatório de estatísticas fiscais divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC).
Segundo o documento, houve, no Governo Central, déficit de R$ 3,210 bilhões. Já os governos regionais (estados e municípios) e as empresas estatais foram apresentados superávits de R$ 5,164 bilhões e de R$ 998 milhões, respectivamente.
Até outubro, o déficit primário acumulado do setor público consolidado estava em R$ 632,973 bilhões. No mesmo período de 2019, este item apresentava déficit de R$ 33,047 bilhões. Segundo o relatório, no acumulado de 12 meses o déficit primário ficou em R$ 661,798 bilhões, representando 9,13% do Produto Interno Bruto – PIB.
Os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 33,877 bilhões em outubro. No mesmo mês do ano anterior ele estava em R$ 20,330 bilhões. De acordo com o BC, essa progressão foi influenciada pela “evolução desfavorável do resultado das operações de swap cambial” (perda de R$ 7 bilhões em outubro de 2020, ante ganho de R$7,7 bilhões em outubro de 2019).
“Nos últimos 12 meses, os juros nominais atingiram R$ 349,2 bilhões (4,82% do PIB), comparativamente a R$ 366,5 bilhões (5,10% do PIB) no acumulado até outubro do ano anterior”, acrescenta a nota divulgada pelo BC.
O resultado nominal do setor público consolidado em outubro – item que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados – ficou deficitário em R$ 30,924 bilhões. De janeiro a outubro, o déficit nominal chegou a R$ 919,446 bilhões, contra R$ 919,446 bilhões. Em 12 meses, o déficit nominal chegou a R$ 1,011 trilhão, o que corresponde a 13,95% do PIB.
Dívida pública
Em outubro, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) está em R$ 4,435 trilhões (61,2% do PIB), resultado que, segundo o Banco Central, reflete os impactos da desvalorização cambial de 2,3%; do efeito da variação do PIB nominal; e dos juros nominais apropriados.
No ano, a relação DLSP/PIB aumentou 5,5 pontos percentuais, em decorrência do déficit primário acumulado, que cresceu 8,7 pontos percentuais; das despesas com juros (aumento de 4 pontos percentuais); do efeito da desvalorização cambial acumulada de 43,2% (redução de 6,5 pontos percentuais); e do ajuste da paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,7 ponto percentual).
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) registrada em outubro, que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, ficou em R$ 6,574 trilhões, valor que equivale a 90,7% do PIB (aumento de 0,2 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior).
“Essa evolução decorreu principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 ponto percentual), do efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,2 ponto percentual), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 ponto percentual)”, informou o BC.
No ano, o aumento de 15 pontos percentuais na relação entre Dívida Bruta e PIB se deve às emissões líquidas de dívida (aumento de 9 pontos percentuais); à incorporação de juros nominais (aumento de 3,8 pontos percentuais); e à desvalorização cambial acumulada (aumento de 2,1 pontos percentuais).
Mais notícias
- 
        
                            
Economia20h20 de 03/11/2025
Dólar recua 0,43% e real lidera ganhos entre moedas latino-americanas
No acumulado do ano, a divisa dos Estados Unidos recua 13,31% frente ao real
 - 
        
                            
Economia10h24 de 03/11/2025
Dólar abre a semana com estabilidade, abaixo dos R$ 5,40
Nos EUA, paralisação do governo segue afetando divulgação de dados econômicos
 - 
        
                            
Economia09h36 de 03/11/2025
Boletim Focus volta a reduzir projeção para inflação em 2025 pela 6ª semana seguida
Câmbio, PIB e Selic apresentam estabilidade e não sofrem alterações no ano
 - 
        
                            
Economia21h50 de 01/11/2025
Rendimento médio de servidores públicos é 71% maior que do setor privado
Dados do Censo 2022 mostram diferenças salariais mesmo em funções semelhantes, aponta IBGE
 - 
        
                            
Economia17h32 de 01/11/2025
Azul fecha acordo com credores e avança em processo de recuperação judicial
Companhia aérea considera entendimento um passo decisivo para reorganização financeira e prevê sair da recuperação até 2026
 - 
        
                            
Economia11h50 de 31/10/2025
Bahia abre mais de 11,3 mil novos postos formais de trabalho em setembro
São 213 mil vagas formais criadas em setembro em todo o país
 - 
        
                            
Economia10h36 de 31/10/2025
Apenas um terço dos municípios baianos conta com órgãos voltado à igualdade racial
Somente 136 dos 417 municípios baianos possuem setores responsáveis por políticas de promoção racial
 - 
        
                            
Economia10h19 de 31/10/2025
Dólar opera com estabilidade após bons dados de desemprego no Brasil
Taxa Ptax e cúpula das nações asiáticas na Coreia também são destaques do dia
 - 
        
                            
Economia09h21 de 31/10/2025
Taxa de desemprego no Brasil registra menor resultado da série histórica em setembro
Indicador ficou em 5,6% no trimestre julho-setembro
 - 
        
                            
Economia18h15 de 30/10/2025
Bahia gera mais de 100 mil vagas de empregos, aponta Caged
No ranking nacional, a Bahia fica em 7ª colocação e, na região Nordeste, o estado lidera a geração de empregos no acumulado do ano
 











