Publicado em 01/02/2023 às 09h12.

Acusado de apresentar diploma falso, diretor é afastado de estatal federal

Caldas afirma estar sendo vítima de 'perseguição'

Redação

 

 

Divulgação /EPL

 

O ex-diretor de Administração e Finanças da Infra S.A., Marcelo Guerreiro Caldas, foi afastado pelo Conselho Administrativo da estatal após ter sido acusado de apresentar um diploma falso para ser empossado no cargo. Caldas já era diretor de Gestão na EPL, com honorários de R$ 29.274,96. Internamente, era considerado o braço direito do então diretor-presidente, Arthur Lima, hoje chefe da Casa Civil da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. A Infra S.A. nasceu da incorporação da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), conhecida como a estatal do trem-bala, pela antiga Valec. Caldas afirma estar sendo vítima de ‘perseguição’.

A partir de uma denúncia anônima, de acordo com a Folha de São Paulo, a Infra S.A. instaurou um procedimento de investigação, sob a acusação de que o certificado de Caldas de graduação em Administração de Empresas pelo UniCeub (Centro Universitário de Brasília) seria falso. A graduação consta em seu currículo na página da extinta EPL.

Na ocasião, o então diretor foi afastado provisoriamente durante a apuração, que corre em sigilo. Em 16 de janeiro, o afastamento tornou-se definitivo em função do pedido de recusa do próprio diretor em permanecer no posto, segundo informou a Infra.

Procurado, o UniCeub relatou ter recebido uma demanda de informações sobre a graduação de Caldas na instituição.

“O Centro Universitário averiguou internamente e verificou que não há registro acadêmico ou diploma auferido pela instituição em nome do referido diretor”, afirmou.

A partir da constatação, comunicou o fato à 2° Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal em 11 de janeiro e solicitou a abertura de um inquérito criminal.

Marcelo Caldas afirma estar sendo vítima de perseguição. À reportagem, afirmou ter tomado conhecimento apenas de que teria havido uma denúncia anônima, à qual ele não teria tido acesso por correr em sigilo.

“Estou extremamente surpreso com essa informação. Se é que ela consta na denúncia, não deveria ser do seu conhecimento [da jornalista] porque ela é sigilosa. Isso é irregular e, se vazou, mostra as perseguições que venho sofrendo”, conta.

Questionado se havia se graduado pelo UniCeub, o ex-diretor afirmou que não poderia “dar nenhuma informação adicional”.

Como diretor-presidente da EPL, Arthur Lima foi quem assinou a portaria de nomeação de Caldas como diretor de Gestão em 2019. A estatal ficava no guarda-chuva do antigo Ministério da Infraestrutura, comandado por Tarcísio.

 

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