Publicado em 13/01/2020 às 08h22.

Tribunais de Justiça reforçam pressão para adiar juiz de garantias; BA é favorável

Cortes estaduais reivindicam ajustes como inclusão de novas despesas no Orçamento a mudanças legislativas

Redação
A favor da proposta, o o presidente eleito da corte baianal, Lourival Almeida, quer um maior prazo para se adaptar à mudança (Imagem: Divulgação/TJ-BA)
A favor da proposta, o presidente eleito da corte baianal, Lourival Almeida, quer um maior prazo para se adaptar à mudança (foto:TJ-BA)

 

Tribunais de Justiça de todo o país têm reforçado a pressão ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para adiar a implantação do juiz das garantias no prazo de até um ano, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, as cortes querem tempo para ajustes que vão de inclusão de novas despesas em previsões orçamentárias a mudanças legislativas estaduais.

De acordo com a Folha, em memorando enviado na última quinta (9) ao conselho, a Procuradoria-Geral da República já solicitou o adiamento.

Algumas cortes formaram grupos de trabalho para encaminhar ao CNJ sugestões para a instalação do modelo, instituído em lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro.

Na Bahia, o presidente eleito do tribunal, Lourival Almeida, quer um maior prazo para se adaptar à mudança. Ele diz que viu o tempo proposto com “muita perplexidade, titubeio e muita preocupação”. Apesar do prazo curto, Almeida é favorável à medida.

Outros grupos estão mais concentrados em como se dará a implementação das medidas em seus estados após a decisão do CNJ.

A lei prevê que a mudança passe a valer a partir de 23 de janeiro, mas o CNJ montou uma equipe para regulamentar como ela será aplicada.
O juiz das garantias será responsável por acompanhar os inquéritos, analisando pedidos de quebra de sigilo e de prisão provisória, por exemplo, até o recebimento da denúncia. Ele não atuará na fase posterior da ação penal, da análise das provas até a sentença, que caberá a outro magistrado, chamado juiz da instrução e julgamento.

Presidentes dos TJs consultados pela Folha se dividem a respeito da necessidade de implementação do juiz das garantias –alguns acham desnecessário, outros apoiam incontestavelmente– e da possibilidade de a medida acarretar novos custos.

Há os que dizem que não será gasto um centavo a mais, outros falam que a mudança custará caro

 

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