Publicado em 12/01/2022 às 11h16.

Boris Johnson admite ter ido a festa e pede ‘desculpas sinceras’ por furar isolamento

Primeiro-ministro britânico se retratou após ir a evento enquanto impunha severas restrições ao país

Redação
Foto: Twitter/ Arquivo Pessoal
Foto: Twitter/ Arquivo Pessoal

 

Em meio a pedidos de renúncia, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se retratou, nesta quarta-feira (12), por ter furado os protocolos contra o Covid-19 e participado de uma festa em sua residência oficial.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, ao pedir “sinceras desculpas” pelo comportamento, foi a primeira vez que o premier admitiu ter quebrado as regras enquanto o governo impõe restrições à população para conter a pandemia.

“Entendo a raiva que eles sentem de mim pelo governo que lidero quando pensam que em Downing Street as regras não estão sendo seguidas adequadamente pelas pessoas que fazem as regras”, disse ele ao parlamento, alegando que permaneceu no local apenas 25 minutos para agradecer aos funcionários e depois retornou ao escritório para trabalhar.

Segundo a publicação, o caso veio à tona quando os jornais britânicos The Guardian e The Independent fizeram uma investigação que revelou a realização de uma festa no dia 15 de maio de 2020, com 20 funcionários do governo.

No mês passado surgiu então uma foto do evento, na qual Johnson aparecia no jardim da residência oficial em meio a queijos e vinhos. A imagem contrariou a versão do premiê, que insistia em afirmar que não houve festa.

A crise tomou mais corpo na segunda-feira (10), quando a rede britânica ITV divulgou um e-mail enviado por Martin Reynolds, secretário particular do primeiro-ministro, convidando pelo menos 100 funcionários do governo para o evento.

“Depois de um período incrivelmente movimentado, seria bom aproveitar ao máximo o clima agradável e tomar, com distanciamento social, algumas bebidas, nos jardins do número 10 [referência ao endereço 10, Downing Street], nesta noite. Por favor, junte-se a nós a partir das 18h e traga sua própria bebida!”, dizia a mensagem.

No período em que houve o evento, o governo impunha restrições severas, incluindo fechamento de bares e restaurantes e proibição de reuniões com mais de duas pessoas residentes em casas diferentes.

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