Publicado em 02/07/2020 às 08h06.

2 de Julho igual ao de sempre não tem. O de 2020 é exceção

Neste ano, só online. É assim que a Covid determina

Levi Vasconcelos
Foto: Bruno Concha/Secom/prefeitura de Salvador
Foto: Bruno Concha/Secom/prefeitura de Salvador

 

Se é que a democracia é o melhor caminho para a harmonização da convivência social, com a diminuição das desigualdades e o pleno respeito pela diversidade de pensar, de credo e congêneres, convenhamos, quem conhece o 2 de Julho de perto vê um embrião disso.

Dizem que é a mais popular das nossas festas cívicas. O fato é que o povo mergulha nela de corpo inteiro e alma lavada, externando os seus pontos de vista, seja lá qual for a opção de gênero, credo e ideologia, todos recebendo algumas palmas e muitas vaias, com o tempero de bandas e fanfarras, tudo aos pés do caboclo.

Desfile online

Esse é o grande charme da festa e é óbvio que não é um vírus que vai matar algo de tão bom, apenas tira essa banda de cena este ano. Por isso, hoje é um dia histórico no histórico das celebrações do 2 de Julho.

É evidente que a data terá as reverências à altura da sua importância, mas com as recomendações que a situação requer, solenidades oficiais restritas e muitas rememorações via online.

A missa do Te Deum, sempre celebrada na véspera, na Igreja do Rosário, em Cachoeira, abrindo oficialmente as comemorações, assim já foi ontem.

Hoje, a Academia de Ciências da Bahia, o Instituto do Patrimônio Geográfico e Histórico da Bahia, o patrono da festa, a Fundação Gregório de Matos e faculdades avulsas farão vasta programação online também como nunca visto.

Coisas da Covid, que atingiu em cheio toda a cadeia de cultura popular.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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