Publicado em 28/04/2016 às 20h00.

Anastasia minimiza acusação de pedaladas no governo de Minas

Presidente da comissão de impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), também contemporizou: "É uma história que está no passado"

Agência Estado
Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN ) realiza reunião para apreciar o PRS 84/2007, que define um limite global para montante da dívida da União, e o PLS 136/2015, que estabelece um auxílio financeiro para estimular as exportações de estados e municípios.Em pronunciamento,  senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Anastasia: ‘Eu já esperava esse tipo de manobra’ (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

 

Ao chegar para mais uma sessão da comissão especial do impeachment, o relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG), minimizou as acusações feitas por deputados estaduais mineiros de que ele também realizou pedaladas fiscais durante o mandato como governador do Estado de Minas Gerais entre 2010 e 2014.

“Eu já esperava esse tipo de manobra”, disse o senador argumentando que o objetivo dos parlamentares que apoiam o governo é desestabilizar sua legitimidade para exercer a relatoria do processo de impeachment. “Eu não sou mais governador de Minas há dois anos. O que está em discussão aqui não é a minha atuação, mas a acusação contra a presidente”, alegou.

Como adiantou o jornal O Estado de S. Paulo, Anastasia foi questionado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) sobre a abertura de créditos suplementares além dos 10% autorizados pelo Legislativo na Lei de Orçamento. Anastasia ultrapassou esta cota em todos os anos de seu mandato, com exceção de 2011, quando enviou à Assembleia Legislativa um pedido de ampliação do limite para 18,5%.

Além desta acusação, os deputados estaduais apresentaram um dossiê com documentos mostrando outras duas irregularidades na gestão Anastasia. Uma delas é o chamado Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), uma manobra para dar legalidade à redução de investimentos previstos na Constituição para a saúde e a educação. O termo é questionado na Justiça pelo Ministério Público (MP-MG). Anastasia foi acusado ainda de extinguir o Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais (Funpemg) para injetar os recursos em sua administração.

O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), também minimizou as acusações contra o relator. “Não vejo nada demais, o senador é um homem afável e correto. É uma história que está no passado e não tem nada a ver com o que está sendo julgado hoje”, afirmou.

 

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