Publicado em 14/04/2016 às 10h37.

Barra x Alah: Vereadores batem boca sobre atos contra e pró-Dilma

Em clima de disputa entre torcidas organizadas, políticos trocaram farpas em defesa dos seus grupos ao debater manifestações no dia da votação do impeachment

João Brandão
(Foto: Evilásio Junior / bahia.ba)
(Foto: Evilásio Junior / bahia.ba)

 

O clima na Rádio Vida FM 106,1 na manhã desta quinta-feira (14) foi de confronto entre torcidas organizadas. Os vereadores Arnando Lessa (PT) e Claudio Tinoco (DEM), por telefone, discutiram sobre os locais dos atos sobre impeachment, neste domingo (17), em Salvador.

Os edis resolveram defender os seus grupos em clima de “cuide do seu que eu cuido do meu”, durante o programa Uziel Tá na Área, com Evilásio Júnior. Nesta quarta-feira (13), a Polícia Militar proibiu a realização do ato pró-impeachment no domingo, na Barra, pois, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os grupos favoráveis à presidente Dilma Rousseff (PT) foram os primeiros a solicitar a autorização.

Para o democrata, apesar da proibição, o grupo anti-Dilma vai para o local, o que pode, sim, provocar um grande tumulto. “O governador da Bahia, Rui Costa, orientou a SSP a tirar o movimento da Barra. O secretário Maurício Barbosa tem a prerrogativa de garantir o movimento que há dois anos ocupa aquele espaço. Não é possível que Mauricio não tenha compreensão. Todo mundo sabe que o Rio Vermelho é reduto petista. Eu estou com uma ata aqui. O coronel disse que quem era a favor do impeachment não podia ir para lá. Isso foi uma decisão política”, apontou.

Já Lessa defendeu que manifestação se faz em qualquer lugar. “Este espaço no Jardim de Alah, nós já ocupamos. Tem as mesmas características do que a Barra. Vamos ver quem tem mais povo”, provocou.

Tinoco disse que, antes da definição, o governo deveria ter consultado a prefeitura. “Não foi uma decisão técnica. Quem deveria tomar a decisão era o colegiado. Deveria ter chamado a Secretaria de Ordem Pública (Semop), a Transalvador, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom). Você tem que preparar para transporte, trânsito, a evacuação das pessoas após o ato, para limpeza. Se a decisão foi técnica, deveria se reunir [com os órgãos]”, pontuou.

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