Publicado em 18/06/2020 às 23h19.

Bolsonaro: ‘Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra’

Em transmissão ao vivo, Bolsonaro diz que não é advogado do Queiroz, e que ex-assessor do seu filho não estava foragido

Arivaldo Silva
Foto: Reprodução/Youtube
Foto: Reprodução/Youtube

 

Durante transmissão ao vivo, na noite desta quinta-feira (18), em seu canal no Youtube, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Queiroz foi preso no início da manhã em Atibaia (SP), durante a Operação Anjo, coordenada pelos ministérios públicos de São Paulo e do Rio de Janeiro, e cumprida pela Polícia Civil dos dois estados.

A operação é um desdobramento do inquérito que apura a prática da “rachadinha“, esquema em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) repassariam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

“Deixo bem claro, não sou advogado do Queiroz, e não estou envolvido nesse processo, mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele, e foi feita uma prisão espetaculosa”, disse o presidente, durante sua live semanal transmitida nas redes sociais. “Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra”, completou.

Suposto tratamento médico

No vídeo, Bolsonaro cita um suposto tratamento médico como justificativa para a presença de Queiroz na cidade do interior paulista. “É perto do hospital onde faz tratamento de câncer”, disse o presidente.

Segundo o responsável pela prisão, delegado da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, o imóvel é de propriedade do advogado Frederick Wassef, que presta serviços ao senador Flávio Bolsonaro e também atuou como assistente no processo que investigou a facada sofrida pelo presidente durante a campanha eleitoral de 2018.

O nome de Fabrício Queiroz é citado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em conta bancária, em nome do ex-assessor.

O relatório integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro do ano passado.

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