Publicado em 30/10/2019 às 06h50.

Citado em caso Marielle, Bolsonaro ataca Globo e chama Witzel de ‘inimigo’

Declarações se deram em resposta à citação de seu nome na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL)

Redação
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a ameaçar a TV Globo com a não renovação da concessão da emissora e o atacou governador do Rio de Janeiro, Wison Witzel (PSC) em live realizada no Facebook na madrugada desta quarta-feira (30).

As declarações, em tom agressivo, se deram em resposta à citação de seu nome na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), revelada pela Globo no Jornal Nacional desta terça-feira (29) e baseada no depoimento à Polícia Civil de um porteiro do condomínio onde o presidente tem casa no Rio de Janeiro.

O chefe do Executivo brasileiro negou a acusação de envolvimento no crime e chamou Witzel de “inimigo”, acusando-o acusou de ter vazado o processo, que corre em segredo de Justiça, à imprensa.

Segundo a reportagem, o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, disse na portaria que iria à casa de Jair Bolsonaro, na época deputado federal, no dia do crime. Os registros de presença da Câmara dos Deputados, no entanto, mostram que Bolsonaro estava em Brasília nesse dia.

Bolsonaro acusou a TV Globo de o “infernizar” e disse que, se a emissora tivesse “o mínimo de decência”, não teria divulgado detalhes de uma investigação em segredo judicial.

“Vocês vão renovar a concessão em 2022. Não vou persegui-los, mas o processo vai estar limpo. Se o processo não estiver limpo, legal, não tem renovação da concessão de vocês, e de TV nenhuma. Vocês apostaram em me derrubar no primeiro ano e não conseguiram”, disse.

Sobre Witzel, o presidente afirmou: “Acabei de ver aqui na ficha que o senhor [Witzel] teria vazado esse processo que está em segredo de Justiça para a Globo. O senhor só se elegeu governador porque o senhor ficou o tempo todo colado no Flávio Bolsonaro, meu filho”, disse o presidente.

“Deixa muito claro que algo muito errado está neste processo. Eu gostaria de falar muito neste processo, conversar com esses delegados. Colocar em pratos limpos o que está acontecendo em meu nome. Por que querem me destruir? Por que essa sede pelo poder, senhor Witzel?”, completou.

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