Publicado em 20/02/2017 às 08h50.

Delator revela primeiro ato de honestidade em caso de corrupção na Caixa

"Alguma operação que eu não sei te dizer, o Flávio ficou absurdado. Falou 'não vou fazer'. 'Tenho uma família, não preciso de dinheiro'”, disse o empresário

Redação
Foto: Divulgação
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O empresário Alexandre Margotto, que apontou Geddel Vieira Lima como um dos integrantes de um suposto esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal, revelou um ato de honestidade no caso.

De acordo com o delator, que é ligado a Lúcio Bolonha Funaro – apontado como operador financeiro de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, preso na Lava Jato –, ele indicou Flávio Turquino para o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, um cargo estratégico para os negócios de Joesley Batista, presidente da J&F, que controla, entre outras empresas, o frigorífico JBS.

À primeira vista, a estratégia deu certo e Turquino foi nomeado. Mas, segundo Margotto, o indicado não aceitou as condições do esquema e com menos de dois meses pediu demissão.

“Alguma operação que eu não sei te dizer, o Flávio ficou absurdado. Falou ‘não vou fazer’. ‘Tenho uma família, não preciso de dinheiro, eu prezo por fazer as coisas certo. Não quero estragar o nome da minha família'”, disse Margotto, na delação premiada. O Ministério Público questiona: “Trocaram ele?”. Alexandre Margotto responde que ele próprio pediu para sair.

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