Publicado em 25/11/2020 às 13h15.

E Bolsonaro em 2022, como fica depois das eleições? Derrota pior para ele foi Trump

Prever o futuro é coisa para os que se dizem videntes, mas entender o presente e dizer que isso pode influenciar o futuro imediato é possível

Levi Vasconcelos
Foto: Reprodução/Twitter
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Pergunta-me o leitor João Marcelino, de Itapuã, Salvador, como fica Bolsonaro para 2022 se nas urnas deste ano os aliados dele não foram bem. Prezado, prever o futuro é coisa para os que se dizem videntes, mas entender o presente e dizer que isso pode influenciar o futuro imediato é possível.

Disputas municipais não influenciam as federais ou estaduais, mas sinalizam. E se for por aí, melhor desistir. Os que acompanham a política sabem que Bolsonaro sempre foi o que ele mostra, não enganou ninguém, mas chegou à Presidência da República pelo telhado, algo nunca visto antes.

Em 2018 ele liderava as pesquisas, aí com seus 21%, batendo forte nos desatinos do PT revelados pela Lava Jato, quando recebeu a famosa facada. A 30 dias da eleição ganhou mídia geral e irrestrita 24 horas por dia por motivo justo. Foi a catapulta do hospital para o Palácio do Planalto.

Derrota maior

No poder, logo de saída, cuidou de espantar possíveis sombras futuras. Wilson Witzel, governador do Rio, hoje em desgraça; e João Dória, governador de São Paulo; de apoiadores, viram inimigos pessoais.

Na pandemia, apesar de ter politizado questões científicas, descobriu com a dinheirama distribuída no auxílio emergencial que dinheiro compra simpatias (como o PT com o Bolsa Família). Mas a eleição que para ele tinha importância mesmo era a dos EUA, e não as daqui. E lá ele levou uma ducha fria com a derrota do amigo Trump.

Que venha 2022.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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