Publicado em 15/12/2015 às 19h40.

Em ato pró-Dilma, governador da Paraíba chama Cunha de ‘meliante’

Agência Estado
Ricardo Coutinho (PSB) | Foto: Agência Brasil
Ricardo Coutinho (PSB) | Foto: Agência Brasil

 

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), reuniu nesta terça-feira (15) artistas e políticos de partidos aliados em ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff na capital do Estado. Em discurso, ele afirmou que há uma onda golpista no País e chamou de “meliante” o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que admitiu o pedido de impedimento feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

O ato político “A Paraíba pela democracia: golpe nunca mais!” reuniu cerca de 600 pessoas, segundo os organizadores, entre prefeitos, artistas, movimentos sociais, deputados e sindicalistas. Participaram o cantor Chico César, a ex-prefeita de Olinda Luciana Santos (PCdoB), o vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira além de parlamentares.

O governador afirmou que Cunha é um “meliante incapaz de assumir e comandar a Câmara Federal” e que o processo de impedimento da presidente “representa atraso”. “A presidenta Dilma não tem acusações e a pedalada fiscal não se configura um crime para um pedido de impeachment”, disse. “A apatia finalmente foi rompida e o Brasil precisa urgentemente de lucidez, ética e coragem para derrubar a onda golpista contra a democracia”.

Mesmo com o PSB rachado no processo de impeachment, Ricardo Coutinho disse que assumiu sua posição e que o partido deve ser coerente com o momento atual. “O partido precisa ter coragem e assumir seu campo político. Precisamos parar com a lógica da omissão. A Paraíba tem um governo e um governador que não se omite e quer somar forças com todos. Os que se opõem são excludentes e eles não passarão. Vamos derrubar o golpe e seguir para a reforma política”, afirmou.

O governador afirmou ainda que “o País passou muito tempo apenas dialogando com a elite e convocou os paraibanos a saírem nas ruas, levarem ‘amigos, gatos, cachorros’ e tudo que pudermos”, para protesto desta quarta-feira, 16, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos sociais e partidos políticos em defesa do governo Dilma.

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