Publicado em 21/10/2020 às 13h39.

Em São Sebastião, dr. Breno, um prefeito fracote preferiu pular fora

Viu que não dava, caiu fora

Levi Vasconcelos
Foto: Bahia Notícia
Foto: Bahia Notícia

 

Em 2016, dos 307 prefeitos baianos aptos a disputar a reeleição, 204 tentaram, 109 desistiram e só 77 se reelegeram; 127 (63%) foram derrotados, um recorde. Muitos dos que desistiram diziam que o momento era ruim. E era. Este ano, dos 347 aptos, 295 toparam. A pandemia sopra a favor.

São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, é palco e cenário de espetáculos políticos diferenciados. Primeiro, o prefeito Breno Conrado (PSD) jogou a toalha. Viu que não dava, caiu fora.

Segundo, num mix de cinco candidatos, por 8 a 3, o PT lá decidiu ficar com Nilza da Mata (PP), e o deputado Nelson Pelegrino, hoje secretário, que sempre teve os votos do partido, ficou com Angelo Santana (Republicanos).

Sábia saída

No tempero entra que o vice de Nilza, uma ex-prefeita, é Luciano Lago, do DEM. Ela, que muito cresceu com o fracasso de dr. Breno, tem a ponta do favoritismo, segundo as pesquisas, com Angelo no encalço.

Mas por que dr. Breno desistiu? Segundo pessoas próximas a ele, por um ato de consciência: ele sabia que estava mal, pediu o boné.

Diz-se que Dr. Breno, ex-vereador, ex-vice de Jansan Mesquita, filho do ex-prefeito Jacildo Mesquita, nem foi lá tão mal assim do ponto de vista administrativo, mas como político, foi um desastre, o que acabou lhe rendendo altos índices de rejeição. Os que têm consciência saem pela porta do lado, bem melhor que pela dos fundos, às vezes fugindo.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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