Publicado em 26/11/2020 às 10h05.

Enfim, a Bahia começa o redesenho da sua economia, com Porto Sul e Fiol

'Vamos apresentar um longo mix de oportunidades minerais num leque de abrangência de 80 quilômetros de cada lado da ferrovia'

Levi Vasconcelos
Imagem: Animação/ Governo da Bahia
Imagem: Animação/ Governo da Bahia

 

Rui Costa visitou ontem o canteiro de obras do Porto Sul, em Ilhéus, algo simbólico, mas expressivo: a Bahia dá os primeiros passos na construção da logística que vai redesenhar o mapa econômico do estado.

O Porto Sul e a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), já liberada, construídos em cronogramas sincronizados com previsão para conclusão em meados de 2022, para além, vai conectar o litoral baiano com o agronegócio no oeste, que hoje usa portos de Recife (PE), Vitória (ES) e Santos (SP). Além disso, a ponte Salvador-Itaparica completa a conexão.

Segundo João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, ao longo dos mais de 600 quilômetros da Fiol há uma série de jazidas minerais, como de prata, níquel e ferro, cuja exploração é emperrada pela falta de logística.

Espaço amplo

Leão diz que a hora de essa área tirar o atraso chegou. É agora.

— Vamos apresentar um longo mix de oportunidades minerais num leque de abrangência de 80 quilômetros de cada lado da ferrovia. Isso numa área em que os índices de desenvolvimento econômico são dos mais baixos.

Como a pandemia e as eleições ocupam a mídia, a retomada não teve o destaque merecido, mas o deputado Tum (PSC), produtor de manga e uva em Casa Nova, hoje usando portos de Recife para exportar, diz que é um salto:

— Para nós, isso quer dizer que a Holanda e a Bélgica, nossos destinos mais frequentes, ficam mais próximos.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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